
Mercados Internacionais
A recuperação recente em Wall Street estagnou na última sessão, com os investidores a reagir ao abrandamento das negociações entre os EUA e a China e ao regresso das preocupações com a inflação persistente:
· O S&P500 subiu 0,1%, enquanto o Nasdaq 0,7%, sustentado pelo entusiasmo em torno da inteligência artificial, com destaque para a Nvidia e a AMD, que subiram 4,7%.
· O Dow Jones recuou 0,2% e o índice Russell 2000 caiu 0,88%.
A Boeing ganhou 0,7%, apoiada por uma encomenda significativa da Qatar Airways.
Nos comentários de Philip Jefferson, da Reserva Federal dos EUA, alertou que as tarifas comerciais podem travar o crescimento económico e agravar as pressões inflacionistas, sublinhando a incerteza do contexto atual e a adequação das taxas de juro em vigor.
Na Ásia, os mercados corrigiram após cinco sessões positivas:
· O Nikkei 225 caiu 0,9%, o Kospi recuou 0,8% e o índice HSCEI da China desvalorizou 0,75%. A exceção foi a Austrália, onde o S&P/ASX 200 subiu 0,2%, impulsionado por dados robustos do mercado de trabalho: criação de 89 mil empregos em abril (vs. 22.500 esperados) e uma taxa de desemprego estável em 4,1%.
No mercado cambial:
· O dólar norte-americano está a enfraquecer face à maioria das moedas do G10 (USDIDX: -0,13%).
· O iene japonês (USDJPY) e o franco suíço (USDCHF), considerados “seguros”, registaram ganhos de 0,5% e 0,25%, respetivamente.
· O EURUSD valorizou 0,15%, para 1,119, enquanto os dólares australianos e neozelandeses desvalorizaram ligeiramente (AUDUSD: -0,05%, NZDUSD: -0,12%).
As matérias-primas continuam pressionadas:
· O ouro recua 1,4%, para 3.132 dólares por onça, e a prata cai 1,3%, para 31,80 dólares.
· O petróleo Brent e o WTI registam quedas de cerca de 2,55%, após notícias de que o Irão poderá abandonar o seu programa nuclear em troca da suspensão das sanções dos EUA.
No mercado de criptomoedas, o sentimento permanece negativo, com a Bitcoin e o Ethereum a recuarem cerca de 1,2%, enquanto outros ativos, como a Solana, o Chainlink e o Polygon, registam perdas entre 2% e 3%.
Calendário económico
A agenda económica de hoje está excecionalmente repleta e será rica em dados importantes da zona euro e dos EUA, cruciais para o mercado.
Iremos ouvir uma série de discursos de representantes do Banco Central Europeu e obter dados sobre a produção industrial da zona euro, que se espera venham a aumentar consideravelmente tanto em termos homólogos como mensais.
O destaque entre as declarações dos bancos centrais será a conferência de imprensa do presidente da Fed, Jerome Powell, logo após a divulgação dos dados dos EUA sobre vendas a retalho, atividade industrial regional e pedidos de subsídio de desemprego.
XTB/RÁDIOILHÉU