O CHEGA vai votar favoravelmente o PEPGRA 20+ – Programa Estratégico de Prevenção e Gestão de Resíduos dos Açores, que tem como objectivos estratégicos prevenir a produção de resíduos e os seus impactes no ambiente; promover a gestão integrada e sustentável dos resíduos; e promover a eficiência na utilização de recursos, contribuindo para uma economia circular.
O deputado José Pacheco destacou que ter um plano traçado para a gestão de recursos na Região “é sempre melhor do que não ter nada”, destacando a importância de se definirem planos para o futuro em vez de se avançar com constantes estudos.
Relativamente ao PEPGRA 20+, o parlamentar destacou a importância da prevenção, principalmente através do trabalho que tem vindo a ser feito – “e bem feito” – nas escolas com as crianças, que estando familiarizadas com a importância de preservar o meio ambiente, se tornarão adultos mais conscientes. No entanto, José Pacheco reconheceu que a prevenção é uma questão cultural “e bem difícil”.
“Querer mandar o lixo para a terra dos outros não é solução. Esconder o lixo não é solução”, alertou o deputado que reconhece que o Governo Regional está a fazer o seu papel, “mas temos de combater a mentalidade e a preguiça que há ainda sobre este assunto”.
Por exemplo, ao nível da cobrança de 0,10€ por cada saco de plástico que é cobrado nas superfícies comerciais “quando em vários países se usa o papel reciclado nos sacos dos supermercados. Neste caso, o Estado preferiu ganhar mais 0,10€ do que trabalhar em prol do ambiente”, reconheceu.
O mesmo se aplica agora com os sacos plásticos transparentes que nos Açores já foram proibidos na venda a retalho de fruta, legumes, vegetais e noutras actividades como nas padarias. “Ainda há dias me perguntaram como os padeiros iam deixar o pão à porta de casa dos clientes, porque estavam a usar os sacos transparentes de plástico que agora são proibidos. Disse para se usar a mesma solução que há 30 anos se usava: cada um tinha a sua saca de pão de pano”, explicou. Para José Pacheco, ultimamente têm sido criados “tantos problemas no mundo ambiental, quando as soluções já existiam e sempre foram usadas”, reforça.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU
