
Mercados Internacionais
Os índices americanos recuaram na sexta-feira em resposta às novas tensões comerciais entre a China e os EUA. Os futuros sugerem a continuação das quedas na sessão de hoje (US100: -0,6%, US500: -0,4%, US30: -0,34%).
O sentimento negativo está a espalhar-se pelos mercados da Ásia-Pacífico. O índice HSCEI é o que mais caiu (-2,15%), o Nikkei 225 do Japão (-1,3%), o Kospi da Coreia do Sul (-0,2%), o Nifty 50 da Índia (-0,5%) e o S&P/ASX 200 da Austrália (-0,24%).
Tensões entre EUA e China voltam a aumentar
O Ministério do Comércio da China acusou Donald Trump de violar acordos comerciais durante as negociações, enfatizando a prontidão da China para defender os seus interesses. A declaração diminui as esperanças de uma reunião entre os dois presidentes, apesar de as declarações anteriores de Scott Bessent (Secretário do Tesouro dos Estados Unidos) incluírem que tais negociações deveriam acontecer em breve.
No sábado, Donald Trump anunciou nas redes sociais que as tarifas sobre o aço e o alumínio serão aumentadas de 25% para 50%, a partir de quarta-feira.
Calendário económico
Os mercados financeiros estão a ser mais uma vez impulsionados por mudanças na política comercial global, uma vez que as tensões nas relações entre os EUA e a China voltam a levantar as preocupações sobre o crescimento e a competitividade das duas maiores economias do mundo. A retórica agressiva, tanto de Pequim como de Washington, lança sérias dúvidas sobre a trégua comercial de Genebra, acabando por aumentar a aversão ao risco entre os investidores.
No entanto, o calendário económico desta segunda-feira será marcado por vários dados importantes. Os investidores aguardam pelos resultados dos relatórios do PMI da indústria transformadora ao longo do dia, juntamente com os discursos dos principais banqueiros centrais (Jerome Powell e Christine Lagarde), que serão especialmente importantes no contexto de novas tensões comerciais e riscos conexos.
XTB/RÁDIOILHÉU