
A criação de uma taxa turística regional, proposta pelo PAN, foi fortemente criticada pelo líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, que noutra legislatura – em 2022 – fez revogar a aplicação da taxa turística na Região, ainda antes de começar a ser executada.
“A taxa turística já foi aprovada nesta Casa uma vez e o resultado foi termos a sociedade e os empresários, contra a taxa turística. Nessa altura, o CHEGA comprometeu-se a trazer a revogação, que foi aprovada”, lembrou o parlamentar que reforçou que o CHEGA “é, ideologicamente, contra taxas e taxinhas”.
Para José Pacheco, o que se vai ouvindo nas ruas “é que pagamos quando vamos a outros sítios. Mas, o mal dos outros nunca me serviu de bem”, argumentou, acrescentando que “se queremos ter uma região atractiva para o turismo, se queremos cativar mais turistas, não é com mais uma taxa”.
Neste sentido, o líder parlamentar do CHEGA deu alguns exemplos de como se pode tornar a Região mais atractiva: “abrindo as casas-de-banho que já estão na Vista do Rei e que é preciso abrir. Haver infra-estruturas adequadas noutros pontos turísticos. Não é com uma taxa de turística. Quem oferece o serviço é que tem de ter todas condições”.
O parlamentar indicou a importância de se saber “dosear” o fluxo turístico nas nove ilhas, algo que considera não estar a acontecer. “Todas as nove ilhas têm um fluxo turístico regular? Estamos a trabalhar bem as companhias aéreas? Sabemos o que queremos para o turismo da Região? Acho que não”, vaticinou José Pacheco.
O líder parlamentar do CHEGA Açores considerou que o turismo “quer mais restaurantes, quer mais alojamento local. Temos de ser razoáveis. Sei que algumas autarquias já estão a aplicar uma taxa turística municipal, mas a verdade é que a taxa turística vai parar ao bolso sabe-se lá de quem e não é aplicada na melhoria das condições de quem nos visita”, concluiu.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU