
Os deputados do CHEGA Açores, José Pacheco e Olivéria Santos, estiveram reunidos com a Lotaçor para perceber as denúncias recentes dos pescadores de São Miguel, nomeadamente os sedeados em Vila Franca do Campo, obrigados a descarregar atum patudo na lota de Ponta Delgada.
Os parlamentares quiseram perceber a decisão da Lotaçor, indicando que os pescadores se sentem penalizados com a obrigatoriedade de terem de se deslocar de Vila Franca do Campo até Ponta Delgada, o que implica mais duas horas no mar, acarretando custos com tempo e combustível.
Da parte da Lotaçor, o vogal executivo Reinaldo Arruda, explicou que o posto de recolha de Vila Franca do Campo não tem condições físicas, nem recursos humanos para fazer a recolha de atum patudo, até porque, o reforço de colaboradores para a safra ainda não foi efectivado. Além disso, explicou o responsável, o Orçamento para a Lotaçor foi sendo reduzido ao longo dos anos e as receitas próprias não são suficientes para todos os custos que a empresa de gestão de lotas tem actualmente.
O líder parlamentar do CHEGA Açores, José Pacheco, questionou ainda a Lotaçor acerca da adequação dos horários das lotas à hora de chegada aos portos dos pescadores, assim como questionou os preços das taxas de lota actualmente cobrados aos pescadores, mostrando também interesse em perceber o plano de acção da Lotaçor que, entende, deve ser privatizada.
“Nos últimos anos, parece que se está a tentar acabar com a pesca nos Açores e o CHEGA quer perceber como é que se podem melhorar as condições dadas aos nossos pescadores, mas que lhes dê retorno financeiro. A pesca é um dos pilares fundamentais da nossa economia e temos de proteger os nossos pescadores, mas, ao mesmo tempo, também temos de ter qualidade no nosso pescado. Temos de dar mais condições à pesca para que o nosso peixe seja valorizado e os nossos pescadores também tenham maior retorno financeiro”, avançou José Pacheco.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU