
A Associação do Alojamento Local dos Açores (ALA) tem vindo, reiteradamente, a alertar as entidades oficiais responsáveis, para a necessidade de distribuir os fluxos turísticos por todas as ilhas dos Açores.
Para que tal aconteça, torna-se necessário que as ligações interilhas deem resposta à procura que as ilhas do nosso Arquipélago têm, o que, uma vez mais, não acontece. Desta feita, e uma vez mais, as reclamações vindas a público surgem da ilha do Pico, onde é, alegadamente, quase impossível chegar até ao dia 24.
Saliente-se que esta é a segunda ilha com mais entidades de Alojamento Local (AL) registadas (633) e a terceira com mais camas (2 880), o que, por si só, é um indicador concreto da importância direta e indireta do AL, na economia do Pico.
A este realidade deve acrescentar-se o facto de que esta foi a ilha que registou o maior crescimento relativo de dormidas (129 mil) em 2023, tal como consta no estudo solicitado pela ALA à Fundo de Maneio, sobre a “Importância do Alojamento Local na Região Autónoma dos Açores – Impacto Socioeconómico e Implementações Tecnológicas de Valor Acrescentado”.
Por conseguinte, a falta de lugares nos voos interilhas acaba por ser um garrote no desenvolvimento da ilha montanha e, por conseguinte, dos Açores. Dados do Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA) indicam que, em janeiro e fevereiro deste ano, desembarcaram no Pico 7 351 passageiros, enquanto nos mesmos meses de 2024, tinham desembarcado nesta ilha 8 355 passageiros.
Estamos, assim, perante uma redução do número de passageiros desembarcados (- 1 004) que estará, certamente, relacionada, não só, mas também, com a falta de lugares nos voos interilhas que tem o Pico como destino. Como já referimos, esta é uma situação recorrente, não só no Pico, como noutras
ilhas.
Tendo o Turismo uma importância cada vez maior, na economia regional, importância essa que todos reconhecem, e estando tão dependente dos voos interilhas, a ALA alerta uma vez mais o Governo dos Açores e a SATA, para a necessidade premente de criação de condições que façam com que a oferta de voos consiga crescer, acompanhando o aumento da procura de lugares disponíveis. Só assim será possível continuar a desenvolver este que é um setor vital para a economia dos Açores.
ALA/RÁDIOILHÉU