ÚLTIMAS

AÇORES | Clélio Meneses reuniu-se com administração do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira

© Governo dos Açores | Fotos: SRSD
400views

O Secretário Regional da Saúde e Desporto disse na quinta-feira que “os ataques de que tem sido alvo a administração e os funcionários do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT) são injustificados inqualificáveis”.

À margem de uma reunião com o conselho de administração e diretores de serviços de urgências daquela unidade de saúde, Clélio Meneses considerou que o “esses ataques são inqualificáveis porque não têm qualquer fundamento”, e condenou “o alarmismo, absolutamente abjeto, com que são feitos”.

“Uma das notas de alarme é que havia apenas um período com um médico na urgência. É falso”, afirmou, para esclarecer que “no mínimo há seis médicos especialistas e um anestesista em presença física, para além de todos os que estão de prevenção, pelo menos um de cada especialidade”.

O governante classificou também de “lamentável” o facto de algum do alarmismo referido “ter origem em alguns profissionais de saúde, que independentemente do incómodo político que possam ter, não podem usar da sua função de profissionais de saúde para criar alarme na população”.

Clélio Meneses negou ainda “qualquer risco de colapso ou caos no serviço de urgência do Hospital de Santo Espírito” e revelou que “a escala de serviço e a média de admissões está ao nível de 2019, antes da pandemia, sendo que o tempo médio atual de espera na urgência é de 43 minutos”.

“Todos sabemos que o Serviço Regional de Saúde tem problemas estruturais, identificados, de anos, e agora descobrimos um problema novo, que é o alarme injustificado e inadmissível”, disse.

Confrontado com as críticas recentes do PS, de que teria estagnado a contratação de médicos, o Secretário Regional afirmou que “tem vindo a aumentar o número de médicos no Hospital de Santo Espírito, como em todo o Serviço Regional de Saúde”.

“Temos mais cerca de 73 médicos do que em novembro de 2020, quando iniciámos funções, e este hospital também tem mais médicos, seguindo a mesma tendência”, frisou.

“Temos mais médicos, estamos a prestar mais cuidados de saúde, há também mais cirurgias, mais consultas, mais exames, menos lista de espera e, perante tudo isto, alguém quer desmerecer o Serviço Regional de Saúde”, considerou.

Instado a comentar críticas do PS, também recentes, sobre o funcionamento da Unidade de Saúde do Corvo, Clélio Meneses afirmou que “hoje há mais cuidados assistenciais no Corvo do que há dois meses” e lembrou que “antes, o Centro de Saúde estava encerrado aos feriados, aos sábados e aos domingos, mas agora está aberto”.

“Há mais médicos e há duas enfermeiras em permanência. Quem diz o contrário, é apenas para, mais uma vez, lançar confusão e caos, e manifestar consciência pesada, pelo estado em que deixaram a saúde na Região”, afirmou o governante.

O Secretário Regional da Saúde e Desporto garantiu que há “estabilidade médica” no Corvo e que “há mais cuidados assistenciais”, pela ação do governo que “encontrou soluções que correspondem às necessidades dos corvinos”.

“Mais do que me perguntarem sobre a posição do PS, perguntem às pessoas do Corvo o que acham sobre o atual estado da saúde na ilha”, frisou.

Clélio Meneses negou também o encerramento de alguns núcleos de saúde em freguesias da Terceira, conforme críticas dos socialistas locais, e retorquiu que “o PS não sabe fazer outra coisa a não ser falar mal e criticar sem fundamento”.

A este propósito o governante adiantou que na Terceira decorre o processo de concurso que deverá levar aos quadros da USIT mais três médicos de medicina geral e familiar.

“Agora, a saúde nos Açores não está nas mãos de alguns que se entendem como os donos da saúde dos outros. Agora não é assim”, afirmou.

Instado a comentar o desfecho na justiça do processo que opunha o antigo diretor de informática do Hospital do Divino Espírito Santo a esta unidade de saúde, o governante disse não querer comentar a decisão do tribunal, mas considerou que “se alguém não ficou satisfeito com a decisão foi o trabalhador, que é o que vai recorrer”.

“Acho importante que alguém, antes de fazer juízo sobre a matéria, leia a sentença e perceba todos os factos que são considerados provados e que não vão ao encontro daquilo que era a reivindicação e o ruído feito acerca desta matéria”, disse.

Clélio Meneses considerou também que “não existe qualquer razão para não manter a confiança na administração do Hospital do Divino Espírito Santo“.

GRA/RÁDIOILHÉU

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.