O Governo dos Açores promoveu, esta terça-feira, uma apresentação detalhada do projeto do novo molhe principal do Porto das Flores, no auditório do Museu das Lajes.
“Esta é a maior mais importante obra que temos na nossa secretaria regional e a obra mais importante deste Governo”, destacou Berta Cabral, Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.
“Esta é uma ideia e um compromisso que quero passar: esta obra é tão importante para os florentinos como para todos os Açores”, disse ainda.
O projeto de reordenamento do porto e de construção do novo molhe permitirá praticamente triplicar a capacidade de acostagem, garantindo novas e melhoradas condições de operacionalidade e um incremento substancial na capacidade de resposta de toda a infraestrutura portuária.
O novo molhe manterá uma extensão de 170m para acostagem, reforçada com uma proteção de 100m, e a nova ponte-cais oferecerá a possibilidade de acostagem de 140 m em ambos os lados, representando um incremento de 280 m face ao anterior porto.
Quando anteriormente só seria possível a operação de um navio no porto, com estas novas funcionalidades será possível ter três navios a operar em simultâneo, agilizando operações de combustível, mercadorias e passageiros.
Berta Cabral, acompanhada pela administração da Portos dos Açores, afirmou que terça-feira foi “um dia histórico para a ilha da Flores, pois começa uma etapa decisiva para o novo porto, sustentado num conjunto de intervenções que configuram um projeto holístico”.
A execução da empreitada do molhe está prevista para o início do próximo ano, mas a ponte-cais deverá estar operacional em setembro de 2022, enquanto se perspetiva que a nova rampa RO-RO esteja disponível em janeiro de 2023.
Salvaguardada a prioridade de abastecimento permanente à ilha das Flores, “este é o momento certo para apresentar aos florentinos a solução para uma infraestrutura vital para a ilha”, afirmou a Secretária Regional.
Recordando a muito desafiante e adversa conjuntura internacional bem como a necessidade de acertos ao projeto, Berta Cabral reconheceu que “o custo final da obra será certamente superior ao inicialmente previsto”, mas que só deverá ser conhecido quando estiverem concluídos todos os ensaios necessários.
O molhe do porto das Flores, o único porto comercial da ilha, ficou destruído aquando da passagem do Furacão Lorenzo, em outubro de 2019, criando vários desafios logísticos e constrangimentos no abastecimento à população.
GRA/RÁDIOILHÉU
