O Papa Francisco recebeu esta quinta-feira os membros da Pastoral da Saúde da diocese de Roma e afirmou que com a ação “nasceu uma história de solidariedade e de esperança que derruba os muros do isolamento e do medo”.
“Graças à sensibilidade dos que sofrem pelos que sofrem, nasceu uma história de solidariedade e de esperança que derruba os muros do isolamento e do medo”, disse, numa intervenção divulgada pela Santa Sé.
O Papa referiu que o trabalho da Pastoral da Saúde tem sido capaz de “transformar a experiência do sofrimento em proximidade à dor dos outros”.
Nesta linha Francisco apontou três atitudes do caminho: ”primeiro, estar perto dos que sofrem; segundo, dar voz ao sofrimento não ouvido; terceiro, tornar-se um fermento de caridade”.
“Recordemos antes de tudo o quanto é importante estar perto daqueles que sofrem, oferecendo escuta, amor e aceitação. Mas para fazer isso, devemos aprender a ver, na dor de nosso irmão, um ‘sinal de precedência’, que no fundo de nossos corações nos obriga a parar e não nos permite ir adiante”, explicou.
Na segunda atitude o Papa indica a importância de “dar voz ao sofrimento não ouvido dos doentes que ficam sozinhos, sem apoio financeiro e moral, facilmente expostos ao desespero e à perda da fé, como pode acontecer com os que sofrem de fibromialgia e dor crónica”.
“Acolhamos o grito daquele que sofre e façamos com que seja ouvido”, apela.
A terceira atitude, “tornar-se um fermento de caridade”, Francisco convida a trabalhar em rede, num “estilo de gratuidade e reciprocidade” nem que seja “apenas um sorriso”, e isso faz crescer uma rede que “liberta, uma rede feita de mãos que se apertam, braços que trabalham juntos, corações que se unem em oração e compaixão”.
“Formar rede é trabalhar em conjunto como membros de um só corpo. O sofrimento de um torna-se o sofrimento de todos, e a contribuição de cada um é recebida por todos como uma bênção”, precisa.
Ao terminar o seu discurso o Papa dirigiu-se aos doentes.
“Foi o sofrimento vivido com fé que nos reuniu aqui hoje, para partilhar este importante momento. Na fragilidade, vocês estão próximos do coração de Deus. Por isso peço suas orações, para que aumente entre nós a proximidade com os que sofrem e o compromisso concreto na caridade, e para que nenhum grito de dor fique sem ser ouvido”, pediu.
AE/RÁDIOILHÉU