O Papa assinalou ontem o Dia Internacional da Fraternidade Humana, destacando a responsabilidade das religiões na construção do diálogo e da convivência.
“As religiões têm uma responsabilidade decisiva na convivência dos povos: o seu diálogo tece uma trama pacífica, rejeita a tentação de dilacerar o tecido civil e liberta da exploração das diferenças religiosas para fins políticos”, indicou, numa mensagem em vídeo divulgado esta tarde pelo Vaticano, num momento em que Francisco faz uma peregrinação ecuménica pela paz ao Sudão do Sul.
Este dia internacional evoca a data em que o Papa Francisco com o grande imã de Al-Azhar, Ahmad al-Tayyeb, assinaram a declaração para a fraternidade humana, em Abu Dhabi; a data foi estabelecida em resolução da Assembleia Geral da ONU, adotada em dezembro de 2020.
Francisco destaca que a tarefa das religiões é importante “para recordar que o destino do homem vai além dos bens terrenos e se situa num horizonte universal, porque cada pessoa humana é criatura de Deus”.
“As religiões, para se colocarem a serviço da fraternidade, precisam de dialogar, de conhecer-se, de enriquecer-se e, sobretudo, de aprofundar o que une e colaborar para o bem de todos”, acrescenta.
O Papa saúda depois os vencedores do Prémio Zayed para a Fraternidade Humana, este ano entregues à comunidade católica de Santo Egídio e a Shamsa Abubakar Fadhil, conhecida como “Mama Shamsa” – é uma ativista pela paz no Quénia.
Também o presidente do EUA, Joe Biden, se associou à celebração do Dia Internacional da Fraternidade Humana, convidando a lançar “as sementes da fraternidade entre todos os povos, religiões e crenças”.
O líder norte-americano convida a “celebrar a coragem moral de líderes religiosos e de outros que continuam a colaborar para o bem comum”.
AE/RÁDIOILHÉU
