A partir de 1 de novembro próximo a ilha Terceira ficará com uma cobertura de 93% de médicos de família, com a entrada em funções de quatro novos médicos de medicina geral e familiar, confirmou na segunda-feira o Secretário Regional da Saúde e Desporto, à margem de uma reunião com a administração da Unidade de Saúde de Ilha.
“Ficam mais 3.000 terceirenses com médico de família do que há dois anos, quando este Governo iniciou funções”, frisou Clélio Meneses.
O governante referiu também que o trabalho do Executivo continua “no sentido de serem contratados ainda mais médicos”.
“Não há outra forma de dizer isto: estamos no fundo a pagar o desinvestimento na saúde, porque não foi acautelado que os médicos se aposentavam”, sublinhou, aludindo aos executivos anteriores, do PS.
“Se há algo que é previsível, é a idade, e nem isso foi acautelado, como não acautelaram a idade das pessoas, não acautelaram com a contratação de médicos e, por isso, estamos aqui a tentar recuperar tempo perdido, mas, felizmente, estes terceirenses que vão ficar com médico de família, ficam com a sua situação resolvida”, frisou.
Clélio Meneses avançou ainda que a entrada em funções dos novos médicos reduz para 3.800 o número de utentes sem médico de família na Terceira, mas insistiu que “o Governo continua a trabalhar para que, no final da legislatura, todos tenham médico de família”.
O Secretário Regional anunciou também que “está em fase final de homologação, a lista de nove novos enfermeiros, que serão contratados também para a Unidade de Saúde de Ilha da Terceira, para além de tês psicólogos e de outras carreiras de saúde”.
Questionado sobre a situação nas restantes ilhas, Clélio Meneses afirmou que “em São Miguel, por exemplo, está a decorrer um processo de mais oito médicos de família”, e avançou que a taxa de cobertura naquela ilha “poderá ultrapassar os 90% com os processos que estão a decorrer neste momento”.
Para contornar o problema de falta de médicos, o governante reafirmou a implementação de incentivos à fixação, pelo atual Governo e relembrou que “no ano de 2020, último ano de governação anterior, não foi atribuído nenhum incentivo à fixação de médicos”.
“Agora estamos a pagar por isso. Foi este Governo que atribuiu incentivos à fixação de 2020. Já estamos com processo 2021 e 2022 e, obviamente, quando os médicos percebem que em 2020 não foram atribuídos incentivos à fixação, também não se sentem atraídos a vir para a região. Neste momento com o esforço que estamos a fazer na atribuição de incentivos à fixação, entendemos que será suficiente para dotar as várias ilhas com o número de médicos para que todos os utentes tenham médico de família”, frisou Clélio Meneses.
Instado a comentar o comunicado emitido pelo SINTAP, que referia um atraso no pagamento aos trabalhadores com contrato individual de trabalho, por parte dos hospitais do Faial e de São Miguel, o governante referiu que “infelizmente não tem havido a rapidez e a celeridade necessárias”, mas lembrou que a questão envolve “milhares de trabalhadores e milhares de processos e que cada unidade de saúde e cada hospital tem de fazer o apuramento de valores, tem de os comunicar aos trabalhadores, e há um processo que envolve vários departamentos do Governo”.
“Mas o que é certo é que estamos a desenvolver todos os processos e as pessoas vão receber os valores que lhes são devidos”, frisou o governante.
GRA/RÁDIOILHÉU