Patrícia Miranda questionou esta quarta-feira o Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM, apoiado pelo CH e IL, quanto à resolução dos constrangimentos verificados nos matadouros, em sobretudo no de São Miguel, reforçando, a esse propósito, que as situações que têm vindo a suceder na Região continuam a prejudicar os produtores Açorianos.
A esse propósito, a deputada do Partido Socialista lamentou o impacto da última greve nos matadouros públicos da Região, “que impediu o abate em várias ilhas”, situação que, conforme relembra “só foi suspensa após assinatura de um acordo com a estrutura sindical representativa”.
“Importa ter presente que esta foi uma promessa do Governo Regional relativa à carreira especial para os trabalhadores dos matadouros e que, para suspender a greve, o Executivo Açoriano se comprometeu a apresentar, em setembro, uma anteproposta de lei referente às carreiras especiais, tendo ficado a primeira reunião negocial agendada para a primeira quinzena de junho”, frisou a parlamentar.
Contudo, e sendo ainda recorrentes os constrangimentos verificados nos abates agendados, sobretudo no matadouro de São Miguel, a deputada socialista alertou para o facto de vários viteleiros “estarem a suspender a entrada de vitelos, devido à falta de capacidade de abate de vitelões”, prejudicando, dessa forma, “a exportação e os rendimentos dos produtores”.
“Os Governos Regionais do Partido Socialista fizeram uma aposta na produção de carne ancorada na rede regional de abate, mas o atual Executivo, como forma de controlar o setor do leite, decidiu apostar na reconversão do leite para a carne, sem assegurar, previamente, que todos os intervenientes estavam aptos, capazes e operacionais para desenvolver o processo”, referiu a parlamentar, para registar a diminuição do número de abates de bovinos que, em abril do corrente ano, era já de “menos 25,4% do que em relação ao período homólogo anterior”.
Assim, e através de um requerimento entregue na Assembleia Legislativa, Patrícia Miranda questionou o Governo quanto à possibilidade de poder vir a compensar “os produtores Açorianos dos prejuízos resultantes de todos estes constrangimentos”, bem como se já foi realizada “a primeira reunião negocial tal como agendada com o sindicato”.
GPPS/AÇORES/RÁDIOILHÉU