Numa sessão pública de comemoração dos 49 anos do 25 de Abril, Alexandra Manes, dirigente do Bloco de Esquerda, assinalou as importantes conquistas da revolução.
“Lembrar Abril” foi o tema escolhido para uma sessão de poesia realizada ontem em Angra do Heroísmo que contou com a presença de Lúcia Moniz, Sara Leal, Ricardo Ávila e Valdeci Purim,
Em declarações à comunicação social, a coordenadora do Bloco de Esquerda Terceira enalteceu as conquistas que o 25 de Abril trouxe ao povo português, como os direitos de cidadania, a implementação da democracia, a democratização do Ensino, da Saúde, da Habitação e a criação de um Estado Social, não deixando de assinalar o fim da guerra e do colonialismo português.
Alexandra Manes salientou que as conquistas económicas e direitos de cidadania alcançados com a revolução de Abril não podem ser reversíveis e devem ser defendidos e protegidos contra a exploração laboral, as discriminações e a violência. Manter vivo o espírito de Abril implica aprofundar a democracia e combater as desigualdades e a exclusão social, muito presentes na nossa Região.
A dirigente do BE aproveitou o momento para relembrar as consequências da entrada no cenário político da entrada da extrema-direita “acirrou as discriminações com base no género, na orientação sexual e nas características étnico-raciais, perpetuando estereótipos, promovendo a desigualdade e limitando o acesso a direitos. A prática destes atos é um obstáculo à democracia e à liberdade individual.”
Para Alexandra Manes “o projeto político iniciado no 25 de Abril de 1974, alicerçado em políticas de igualdade, liberdade e fraternidade, deve continuar a ser a matriz sobre a qual tecemos a nossa vida coletiva, orientando a implementação de políticas públicas que garantam direitos iguais para todas e todos, não deixando ninguém para trás.”
Alexandra Manes encerrou a sessão referindo que “passados 49 anos, ainda há muito por conquistar, nomeadamente no direito à habitação, nas condições de trabalho e no combate às desigualdades, mas que retroceder é um erro”, terminando com a necessidade de se impedir que cerrem as portas que Abril abriu.
BE/AÇORES/RÁDIOILHÉU