AÇORES | Saúde. PSD considera críticas socialistas como “um desplante para tentar apagar o passado”
O Grupo Parlamentar do PSD/Açores classificou hoje como “um desplante e uma irresponsabilidade” as críticas do deputado Tiago Lopes (PS) aos serviços de saúde na região, considerando que o ex-governante as faz “para tentar apagar o passado”.
Segundo a deputada Ana Quental, “o Governo da Coligação faz um esforço diário para debelar os muitos problemas herdados no setor, pelo que é, de facto, um desplante quando um antigo governante fala de degradação dos cuidados, sendo voz corrente que há uma melhoria consistente no atendimento, tratamento e encaminhamento dos utentes açorianos”.
“Numa altura em que o Executivo está a apresentar projetos, como é o caso recente da criação do Centro de Saúde da Lagoa, o PS tenta desviar as atenções do que é positivo numa área fulcral para o conforto e o desenvolvimento da nossa população”, frisa a social-democrata.
“Há uma valorização clara da proximidade nos cuidados de saúde pelo Governo Regional de PSD, CDS-PP e PPM. E isso incomoda aqueles que, durante 24 anos, deixaram escapar oportunidades e não conseguiram consolidar um serviço regional transparente e que fizesse face às exigências do território regional”, aponta Ana Quental.
A deputada considera que “é uma irresponsabilidade o que faz o PS/Açores, ao criar um alarmismo constante, quando se sabe que este Governo está a fazer coisas que as várias gestões socialistas nunca conseguiram”, frisou.
“Falamos de seis ilhas açorianas com 100% de cobertura de especialistas de medicina geral familiar, falamos da regularização das carreiras dos enfermeiros, dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, da regularização das horas extras dos médicos”, lembra Ana Quental.
“Falamos da determinação do Governo Regional na resolução da construção do Centro de Saúde das Lajes do Pico, uma vez que o Partido Socialista deixou uma obra inacabada, envolvida num grande imbróglio jurídico”, sublinha a deputada.
Ana Quental relata que este Executivo se deparou “com estruturas degradadas e equipamentos obsoletos, resultado do abandono a que a governação do PS votou as populações ao longo de muitos anos”.
Sobre a situação financeira do setor, a social-democrata reforça que “o Governo Regional já esclareceu que será assegurado o reforço do financiamento às estruturas de saúde, até ao final do ano, em mais de 20 milhões de euros”.
Ana Quental recorda igualmente “todo o processo da empresa pública Saudaçor, que o anterior governo regional [do PS] apenas extinguiu porque a mesma deixou de servir para esconder dívida pública, afinal o único propósito com que foi criada”, afirmou.
“Ainda assim, os danos causados na economia regional são extensos, afinal a Saudaçor atingiu um passivo que ultrapassava os 650 milhões de euros”, e “nenhum dos vários governos socialistas conseguiu evidenciar qualquer vantagem resultante da criação da empresa, em 2004”, avança.
Ana Quental lembra ainda “o contrato, por ajuste direto, de três milhões 150 mil euros para a compra de material de proteção individual, que foi transportado diretamente de Xangai, para Ponta Delgada, em abril de 2020, em pleno período de pandemia de Covid-19”.
“Muito antes disso, o primeiro governo socialista – em 1999 – teve um perdão da dívida do setor pela República, mas, mesmo assim, os seguintes conseguiram endividar o Serviço Regional de Saúde em quase mil milhões de euros”, conclui a deputada do PSD/Açores.
PSD/AÇORES/RÁDIOILHÉU