AÇORES | Estabilidade social, laboral e política é decisiva para criação de riqueza, lembra José Manuel Bolieiro
O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, lembrou, em Ponta Delgada, o quão decisivo é haver estabilidade social, laboral e política na criação de riqueza.
“Quando se celebram os sucessos das 100 maiores empresas dos Açores, é bom recordar o quão importante é a estabilidade social, a estabilidade política e a estabilidade laboral para os negócios, para os investidores, para a criação de riqueza e para a criação de emprego”, declarou.
José Manuel Bolieiro falava no Teatro Micaelense, na sessão de abertura da apresentação da revista “100 Maiores Empresas dos Açores”, da Açormedia
Na ocasião, o Presidente sublinhou o “rumo bem definido” do Governo e a “consistência” das “políticas públicas de resultados nas diferentes áreas da governação”.
“Pela primeira vez celebrámos na nossa Região um Acordo de Parceria Estratégica, com os parceiros sociais, que consolidou uma visão e um rumo para os Açores. Fizemos, por convicção e diálogo, a agregação de vontades e contributos para a definição, a longo prazo, de políticas públicas de sucesso para a nossa economia e desenvolvimento. Para nós, o sucesso dos Açores está na qualidade das suas instituições. Públicas e privadas”, prosseguiu.
E continuou: “Temos estado, afirmo-o com confiança, a mudar o paradigma de governação da Região. Neste paradigma o Estado dá espaço às pessoas e à sua iniciativa empreendedora. O Estado dá espaço às famílias e à sua capacidade de construir. O Estado dá espaço às empresas e à sua determinação e vocação para gerar riqueza e emprego. O Estado dá espaço às organizações sociais para reforçarem coesão social. Valorizamos a iniciativa privada como motor da economia açoriana. Mas, é obrigação da Região apoiar, como tem feito o Governo, os mais frágeis e atender às situações peculiares das, também frágeis, economias locais”.
José Manuel Bolieiro vincou ainda que o Governo dos Açores “tem implementado políticas públicas consistentes, que, não sendo absolutas no fazer face aos aumentos dos custos da energia, dos custos das matérias-primas, dos custos dos alimentos e dos custos da habitação, têm sido acertadas”, mostrando eficácia em termos de menorizar os “profundos efeitos negativos daqueles aumentos abruptos”.
“Diminuíram-se impostos. Ficando, assim, mais dinheiro na economia privada, nas empresas e no rendimento disponível dos açorianos. Estimamos, aliás, que até ao final deste ano, terão, por essa via, ficado na economia privada, nas empresas e nas famílias mais de 140 milhões de euros. Menos no orçamento público, mais nos que produzem a economia. Esta é uma convicção política, doutrinária, financeira e económica consistente”, lembrou ainda.
Destacando também a produtividade na agricultura e nas pescas, o Presidente do Governo valorizou o facto de os Açores serem a primeira região arquipelágica do mundo com a certificação de “Destino Turístico Sustentável” e acabaram de garantir, agora, o Nível IV de Prata.
“Esta classificação reforça o posicionamento e a liderança dos Açores em matéria de atratividade turística”, defendeu, lembrando a cadeia em torno do negócio turístico e reiterando a aposta numa medida disruptiva e diferenciadora, a “Tarifa Açores”.
“A «Tarifa Açores», uma criação disruptiva desta governação que lidero, tem sido, é nossa convicção, uma forte alavanca da coesão regional. Promoveu o turismo interno, que foi determinante para a sustentabilidade de vários negócios turísticos, para a criação de novos postos de trabalho e para o equilíbrio de projetos de investimento, sobretudo nas ilhas menos populosas”, declarou.
Depois, o governante lembrou ainda, a jeito de exemplo, “investimentos estruturais em portos de todas as ilhas, incluindo equipamentos”.
E realçou: “refiro como exemplo o caso do Porto de Ponta Delgada, onde decorre a obra de reforço do molhe de proteção, orçada em 26 milhões de euros, da construção do seu novo rebocador, há muito reclamado, que será entregue em maio próximo, um investimento de sete milhões de euros, e da aquisição uma nova grua, num investimento de 4,5 milhões de euros, que será instalada no final do primeiro semestre de 2024”.
Para além disso, “tem especial referência a construção do novo Porto das Lajes das Flores”, a “maior e mais emblemática obra da história recente dos Açores, lançada a concurso por 172 milhões de euros”.
“Estamos, igualmente, a investir nos diversos aeroportos propriedade da Região. Também soubemos exigir à ANA Vinci fazer novos investimentos, cujos compromissos já são públicos. Designadamente em Ponta Delgada, Horta e Flores. Em matéria de circuitos logísticos terrestres estamos os a construir dez circuitos logísticos em sete ilhas”, rematou José Manuel Bolieiro.
GRA/RÁDIOILHÉU