
Há tratamentos inovadores que têm vindo a demonstrar melhorias em relação à Doença Machado Joseph, mas que ainda não se encontram disponíveis nos Açores onde há uma grande incidência da doença, principalmente em São Miguel e nas Flores.
Entretanto o Governo Regional já adquiriu um aparelho de Estimulação Magnética Transcraniana, mas que ainda não está em funcionamento, nem há ainda previsões para que os médicos a trabalhar no Serviço Regional de Saúde possam ter formação nesta área.
Este é um assunto que preocupa o CHEGA, que enviou um requerimento, questionando a razão de ainda não estar em funcionamento na Região o equipamento de Estimulação Magnética Transcraniana para a Doença de Machado Joseph. Os deputados querem saber porque ainda não foi estabelecida e divulgada uma calendarização de formação para os profissionais de saúde do Serviço Regional de Saúde que irão operar o referido equipamento e quantos médicos, ou profissionais de saúde, terão formação específica para a utilização do aparelho.
No requerimento já enviado, os parlamentares do CHEGA questionam em que ilhas estes profissionais de saúde exercem actividade, querendo saber se está prevista “a mobilidade do equipamento entre as diferentes unidades de saúde das várias ilhas, de forma a facilitar o acesso aos doentes que não residem na ilha onde o aparelho se encontra”.
Caso tal mobilidade não seja possível, os deputados querem saber “qual a estratégia delineada para assegurar o encaminhamento e acesso dos doentes à Estimulação Magnética Transcraniana, tendo em conta as dificuldades de deslocação e os custos envolvidos”.
Além disso, considerando o carácter urgente e progressivo desta doença, os deputados querem saber uma data de quando está previsto o início efectivo dos tratamentos com Estimulação Magnética Transcraniana para os doentes de Machado Joseph.
O deputado José Paulo Sousa lembra que a Doença de Machado Joseph “implica um custo sócio-económico elevado, não só pela necessidade de cuidados de longa duração, mas também pela dificuldade de acesso a tratamentos diferenciados, especialmente em ilhas mais distantes, o que acarreta deslocações exaustivas e onerosas para doentes e famílias”.
O parlamentar considera ser “imprescindível que os profissionais de saúde do Serviço Regional de Saúde recebam formação adequada, de modo a operar de forma segura e eficaz este equipamento, garantindo o melhor aproveitamento clínico e científico do mesmo”, para que todos os doentes possam beneficiar deste tratamento inovador.
CEHGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU