O Grupo Parlamentar do CDS-PP, pela voz do deputado Pedro Pinto, considera que “qualquer alteração ao funcionamento do Conselho Regional de Bombeiros deveria ser feita em articulação com as Associações Humanitárias e os restantes intervenientes regionais” e com respeito pela “especificidade do modelo existente nos Açores”.
A pronúncia vem a propósito de uma iniciativa do partido Pessoas–Animais–Natureza discutida nesta terça-feira na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, que alterou a orgânica do Conselho Regional de Bombeiros contra a opinião expressa pelas Associações Humanitárias de Bombeiros dos Açores.
Para o deputado Pedro Pinto, “ignorar a pronúncia (…) de quem diariamente serve a nossa região” é uma “desconsideração inaceitável”.
O Grupo Parlamentar do CDS-PP não pode compactuar com qualquer tipo de “ingerência direta” num “órgão cuja constituição deve ter em conta o bom funcionamento do mesmo” e nunca “interesses eleitoralistas”.
“Não faz qualquer sentido incluir estruturas representativas de bombeiros profissionais ou sindicatos neste órgão, uma vez que, na Região Autónoma dos Açores, não existem bombeiros profissionais”, sublinhou Pedro Pinto.
A iniciativa do partido Pessoas–Animais–Natureza revela, por isso, “uma total desconexão com a realidade”.
Tenha-se em mente que o Conselho Regional de Bombeiros é “um órgão consultivo e de auscultação em questões maioritariamente operacionais”.
Para o Grupo Parlamentar do CDS-PP, a prioridade reside, pois, em garantir “o respeito pela vontade e pelo funcionamento independente das estruturas envolvidas na proteção civil”.
Os Açores precisam de instituições “unidas e coesas” para que os bombeiros possam “continuar a sua ação, empenhados e com motivação, de defesas das populações”, frisou o deputado.
A propósito, Pedro Pinto recordou o muito que “tem feito o Governo da Coligação para melhorar a ação dos nossos Bombeiros” desde a renovação da “frota vermelha”, à garantia de melhores condições laborais para os mesmos”.
“É esse o que caminho que queremos seguir. O de unir e motivar”, frisou.
CDS/AÇORES/RÁDIOILHÉU