No último dia de Jornadas Parlamentares, na ilha do Faial, os deputados do CHEGA estiveram reunidos com a Administração do Hospital da Horta, a quem reforçaram a importância de se apostar na manutenção das infra-estruturas de saúde existentes, bem como dos equipamentos hospitalares, para que não se repita o que se passou em Maio no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada.
A Presidente do Conselho de Administração, Teresa Ribeiro, indicou aos parlamentares que o Hospital da Horta vai ser alvo de uma intervenção no valor de 9 milhões de euros, no entanto, “estas necessidades já foram detectadas em 2003 e só agora, em 2024, vão avançar. Acho que o Estado está a falhar constantemente. Não se pode detectar uma necessidade em 2003 e começar a fazer a obra em 2024”, referiu o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco.
“A saúde não é uma despesa, é um investimento na qualidade de vida dos Açorianos”, reforçou o parlamentar que defende a aposta na prevenção e na promoção da saúde, para que os hospitais não fiquem sobrecarregados.
Para isso, é preciso estratégia “seja na saúde, seja nos transportes marítimos, ou noutra área qualquer”, afirmou José Pacheco. “Mas uma estratégia não se faz para quatro anos – para contentar alguns troianos e os gregos a morrerem à fome. Uma estratégia é para 50 anos, podendo ser ajustados em 10 ou 15 anos. Quando não há estratégia, não há cuidados de saúde”, argumentou.
No âmbito da estratégia em saúde, e uma vez que o Serviço Regional de Saúde não consegue dar resposta em termos de consultas, exames ou tratamentos, o CHEGA apresentou o cheque-saúde que foi aprovado na Assembleia Regional, mas ainda não foi implementado. “Estamos à espera da implementação do cheque-saúde, que iria libertar o Serviço Regional de Saúde de uma carga excessiva de listas de espera”, explicou.
Para o líder parlamentar do CHEGA, é essencial proporcionar aos Açorianos “uma saúde rápida, eficaz e de prevenção da doença. Por exemplo, na oftalmologia, a maior parte das pessoas já recorre ao privado, porque sabem que no Serviço Regional de Saúde não há resposta, nem médicos”.
José Pacheco reforçou que nunca esteve em causa do Serviço Regional de Saúde, “o que existe é o desinvestimento na saúde e o acumular de dívidas”, alertando que “tem de haver um trabalho de equipa”, entre doentes, profissionais de saúde e governantes, “que têm de deixar de esbanjar dinheiro em empresas falidas, enquanto há Açorianos a morrer sem cuidados de saúde”, concluiu.
Os deputados do CHEGA visitaram ainda a ala do Hospital da Horta que está actualmente em obras e que irá melhorar as condições do chamado “Bloco A”, ouvindo da parte do Conselho de Administração do Hospital outras necessidades como a remodelação da lavandaria hospitalar, a cozinha e até dos parques de estacionamento.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU