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AÇORES | “Políticas ambientais de proibição estão a limitar o desenvolvimento das ilhas”, acusa o Chega

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“As políticas ambientais não devem continuar a ignorar a nossa realidade socio-económica”, sob pena de ser a economia Açoriana, e os próprios Açorianos, a pagarem a factura do chamado “desenvolvimento sustentável”.

Foram estas palavras que o deputado José Paulo Sousa usou para marcar a posição do CHEGA face ao proibicionismo ambiental que tem vindo a ser cada vez maior em todas as ilhas do arquipélago. O parlamentar começou por dizer que “o desenvolvimento sustentável, na sua essência, procura estabelecer um equilíbrio entre o crescimento económico, a preservação ambiental e o bem-estar social”, alertando a necessidade de se averiguar se na prática isso acontece realmente, “especialmente no que concerne à vertente económica e de desenvolvimento regional”.

É que, acrescentou José Paulo Sousa, as restrições ambientais são “cada vez mais rígidas, elevando continuamente os custos para as empresas e para as pessoas e desencorajam os novos investimentos, especialmente na nossa Região que, pela sua insularidade, já sofre de uma enorme falta de investimento privado”.

O parlamentar denunciou que “o desenvolvimento sustentável não pode coartar o desenvolvimento das ilhas mais pequenas, pois estas são as que têm uma economia mais frágil. Temos de promover a coesão económica e social dos Açores e, para haver condições de igualdade no desenvolvimento regional, temos de facilitar o investimento nas ilhas pequenas”. José Paulo Sousa justificou que “criar paraísos ambientais em desertos, não interessa aos Açorianos”.

O CHEGA defende, por isso, que se acabe com “o proibicionismo exacerbado em políticas ambientais”, pois, apesar de algumas se dedicarem realmente a proteger o meio ambiente, “proibições exageradas e irracionais condicionam a economia e a vida das pessoas, não protegem as pessoas, nem o ambiente”.

O parlamentar indicou que “esta prática do proibicionismo, com excesso de reservas, está a condicionar as empresas e as pessoas, e a promover a desertificação das ilhas pequenas. Este proibicionismo associado à lentidão da administração e à burocracia exagerada, adoece a economia e só promove a emigração dos jovens, porque não gera oportunidades”.

José Paulo Sousa concluiu que “devemos ser absolutamente críticos em relação ao discurso dominante sobre desenvolvimento sustentável”, enfatizando que “não podemos aceitar as medidas e soluções propostas sem questionar os seus impactos reais na nossa economia e no desenvolvimento da nossa Região e na vida dos Açorianos”.

CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.