ATUALIDADE | Plano e Orçamento 2024. IL/Açores defende estabelecimento de quotas de pesca mensais
O Deputado da Iniciativa Liberal (IL) no Parlamento dos Açores, Nuno Barata, defendeu, esta quinta-feira, uma mudança de paradigma nas políticas regionais de racionalização do esforço de pesca nos Açores, propondo o estabelecimento de quotas de pesca mensais, em vez de anuais, particularmente de espécies mais valorizadas.
Intervindo no debate sobre as propostas de Plano e Orçamento da Região para 2024, Nuno Barata apontou a importância de implementação “de medidas consequentes” para a racionalização do esforço de pesca, criticando a gestão da quota do atum patudo que, antes do meio do ano, já está esgotada, criando problemas aos armadores e pescadores, mas também à hotelaria e à restauração açoriana.
“Quando aqui discutimos o Programa do Governo, a IL desafiou a tutela sobre a adoção de uma proposta que constava do manifesto eleitoral da IL de gestão mensal das quotas do pescado. Quando o fizemos estava precisamente a pensar nas quotas de Atum Patudo. Na altura, o Sr. Secretário Regional das Pescas disse que não era relevante pensar em quotas mensais. Pois, aí está um caso em que as quotas mensais de pesca teriam evitado o problema que estamos a viver agora”, afirmou.
Para os liberais açorianos “a falta de quota para a pesca do Patudo não é só um problema dos armadores e dos pescadores é, também, um problema para o designado canal HORECA (hotelaria e restauração)”, pois, sustentou Nuno Barata, “o facto de não haver quota de pesca de Patudo faz com que, na altura do ano em que estão as chegar os turistas, quando devíamos estar a ter condições de os receber bem, de ganhar muito dinheiro e de vender os nossos produtos, estamos sem condições para poder vender um dos nossos principais produtos que é o Atum Patudo ou uma posta de Rabilho para vender a preço de ganharmos todos bastante dinheiro”.
Assim, concluiu o parlamentar da IL, “no caso da quota do Patudo, a gestão tinha sido melhor se tivesse sido feita mensalmente, em vez da forma como foi gerida. Oito meses do ano sem quota, significa oito meses sem trabalho, sem rendimento para quem anda no mar e para quem quer vender os nossos melhores produtos a turistas”.
Recorde-se que, nesta matéria, a IL tem inscrito no seu Programa Eleitoral uma proposta que visa o estabelecimento de quotas mensais de pesca, em vez de serem quotas anuais, nomeadamente no que concerne a algumas espécies mais valorizadas, que são capturadas em época de desova, que são capturadas em época em que tem menos valor comercial, e que, posteriormente, na fase do ano em que tem mais valor comercial, a quota já está esgotada.
IL/AÇORES/RÁDIOILHÉU
