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ATUALIDADE | “Coligação de Direita rejeita alargamento da remuneração complementar aos funcionários públicos Açorianos”

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Carlos Silva realçou, esta quinta-feira, que a coligação de direita formada pelo PSD-CDS/PP-PPM, com o apoio da IL e Chega, rejeitaram o alargamento da remuneração complementar aos funcionários públicos Açorianos com ordenados até aos 2.100 euros, frisando que o Executivo poderia ter sido “mais ambicioso e mais rápido a atualizar a remuneração complementar”.

O vice-presidente do GPPS falava na cidade da Horta, no debate sobre a remuneração complementar regional.

Carlos Silva frisou que a remuneração complementar foi criada na governação do PS e constitui “um direito dos funcionários públicos regionais”, que “deve ser preservado e atualizado”, recordando que esta iniciativa “está há mais de seis meses” para ser apreciada no Parlamento dos Açores, por opção do governo.

“Embora o Secretário Regional das Finanças tenha anunciado que esta atualização terá efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2023, o que é facto é que 1.300 funcionários públicos estão há mais de seis meses a aguardar pelo pagamento da remuneração complementar”, salientou do parlamentar socialista.

Carlos Silva destacou que os funcionários públicos Açorianos “já poderiam ter recebido esse dinheiro”, que “muita falta faz numa altura em que os custos são elevados, em que continuamos com um aumento das taxas de juros, do custo de vida e dos alimentos, o que contribui para o aumento das dificuldades”.

“Basta ver que ainda hoje o Banco Central Europeu aumentou a taxa de juros em 25 pontos-base, para perceber que as dificuldades continuam a registrar-se e todas as medidas que possam ajudar as famílias são bem-vindas”, frisou.

Carlos Silva lembrou que, em sede de orçamento para 2023, o PS “propôs uma alteração da remuneração complementar, de forma a alargá-la para os escalões até 2.100 euros”, uma proposta que foi, na altura, rejeitada pela maioria de direita.

“Se tivesse sido aplicada na altura, hoje estaria a beneficiar os funcionários públicos a lidar com a inflação, as taxas de juros, os aumentos na habitação, no cabaz alimentar, nos transportes, nos combustíveis”, reiterou o vice-presidente da bancada parlamentar socialista.

Carlos Silva evidenciou que “foi uma opção política da coligação (PSD-CDS/PP-PPM) rejeitar este alargamento”, algo que “já tinha sido feito no passado, em 2014, quando o Governo Regional do PS alargou a remuneração complementar nos salários até 3.000 euros, exatamente para compensar cortes aplicados aos funcionários públicos”, efetuados pelo então Governo da República do PSD/CDS.

“O Governo Regional devia ter sido mais ambicioso e não apenas ficar por um ajustamento técnico. É possível e é desejável ir mais longe para garantir a reposição de direitos aos funcionários públicos dos Açores, que são mais que justos”, finalizou o vice-presidente do GPPS, Carlos Silva.

GPPS/AÇORES/RÁDIOILHÉU

Mauricio De Jesus
Maurício de Jesus é o Diretor de Programação da Rádio Ilhéu, sediada na Ilha de São Jorge. É também autor da rubrica 'Cronicas da Ilha e de Um Ilhéu' que é emitida em rádios locais, regionais e da diáspora desde 2015.