Um mês antes da abertura da oitava edição do Festival Cordas, a acontecer de 1 a 8 de outubro de 2023 na Madalena, ilha do Pico, a MiratecArts apresenta a arte para o cartaz que celebra os cordofones.
Carlos Farinha foi o artista convidado a explorar a sua visão da temática do festival, através de pintura. A exposição com uma série de pinturas representativas de instrumentos de cordas vai estar patente, durante o festival, na Biblioteca Auditório da Madalena. A pintura que comemora a Viola da Terra dos dois corações, a ser transportada num barco, pelas nuvens, a caminho da ilha montanha, foi a arte escolhida pelo diretor artístico, Terry Costa, para o cartaz do ano.
Carlos Farinha é colaborador da MiratecArts, entidade produtora do Festival Cordas, desde sua fundação, e já participou no Montanha Pico Festival e várias edições do Azores Fringe, criando pinturas murais gigantes, incluindo “ A Picarota”, que se encontra no Jardim dos Maroiços, no centro da vila da Madalena, sendo uma das obras mais fotografadas no Madalena Roteiro de Arte Pública.
“Foi o primeiro encontro com os Açores e o encontro com um verdadeiro paladino das artes que se transformou em amizade ao longo destes 10 anos,” diz Carlos Farinha. “A MiratecArts fez- me apaixonar pelos Açores e especialmente pelo Pico. O trabalho do Terry Costa não tem paralelo, é eclético e consistente. Nunca será demais enaltecer o trabalho desenvolvido em prol das artes nos Açores e a sua projeção para o mundo.”
Carlos Farinha formou-se na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. O seu trabalho abrange desde a pintura, o desenho, a escultura e a performance art. Desde 1990, tem vindo a exibir regularmente e seus trabalhos fazem parte de coleções públicas e privadas, incluindo a multinacional Malwarebytes, o Museu de Halabja no Iraque, a Casa da Cultura de Kobane na Síria, a Residência oficial do Cônsul de Portugal em Macau, o Museu do Oriente e as Câmaras Municipais de Castelo Branco, Proença-a-Nova e Loures. Recebeu vários prémios de arte, incluindo Sintra, Vila Franca de Xira, Loures, Culturgest, Fundação da cultura e o Prémio de Pintura VIDarte da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, assim como várias menções honrosas, incluindo Alcobaça, Rotary Clube de Portugal, Cruz Vermelha e Marinha Grande.
Os momentos artísticos mais importantes da sua vida, diz que foi “representar Portugal na Feira de Arte Contemporânea de Beijing, na China, em 2018, e quando recebeu o Prémio Nacional de Pintura sobre a temática da violência doméstica.”