O deputado José Pacheco esteve hoje na reta da Achada, na ilha Terceira, onde constatou que as hortênsias – “uma flor que é um dos símbolos dos Açores” – estão a ser cortadas para deixar outras infestantes tomarem as bermas da estrada.
“Andam a arrancar as hortênsias para deixar progredir as infestantes como a conteira ou a figueira-do-inferno, que estão a tomar conta das nossas estradas. Temos silvas a tomar conta da estrada e não é essa a imagem que queremos mostrar aos turistas. Não basta estar verde, temos de ter as plantas certas, que vão florindo as nossas estradas, e não mantendo as infestantes”, afirmou José Pacheco.
Para o parlamentar, que cumpre hoje o último dia de uma visita oficial à ilha Terceira, o Governo Regional assumiu uma postura de “politicamente correcto”, quando já foi aprovado por maioria na Assembleia Legislativa Regional um diploma apresentado pelo CHEGA que obriga o executivo a contratar empresas de jardinagem quando o Governo não conseguir cortar as ervas e embelezar as bermas das estradas.
O CHEGA entende que a justificação de falta de mão-de-obra não pode ser válida “quando há uma data de gente a receber um ordenado em casa, sem fazer nada. Se estas pessoas não servem para mais nada, certamente hão-de servir para roçar as ervas e plantar hortênsias”.
Aos “ambientalistas simplórios” que classificaram as hortênsias como invasoras, José Pacheco lembra que “uma infestante tem de crescer a grande velocidade, eu nunca vi uma hortênsia a crescer a grande velocidade e ocupar terreno. É uma mentira descarada de ambientalistas simplórios, que vêm opinar sobre a nossa terra, deixando infestantes e destruindo o que de mais belo temos nos Açores”.
A este propósito, Francisco Lima, dirigente do CHEGA Terceira, fez uma analogia com as infestantes e a política: “as hortênsias foram consideradas invasoras, mas têm um dano muito aligeirado e até têm utilidade, inclusivamente económica, de embelezamento das estradas. Vamos fazer uma comparação com a política onde temos duas pragas: temos a praga socialista e a praga social-democrata. A social-democrata causa menos dano à economia e à sociedade, com menos casos de corrupção embora alguns casos de compadrio. O CHEGA optou por um mal menor, que é manter a social-democracia que é tipo um PS 2, para evitar que venha um mal maior, o socialismo e o comunismo”.
Relativamente ao estado em que se encontram os caminhos rurais, José Pacheco lembrou as muitas denúncias que têm chegado de lavradores de várias ilhas, reforçando que a parte que for de privados deve ser limpa pelos mesmos – “que até devem ser penalizados quando não o fizerem” – mas o Estado não pode continuar a deixar caminhos abandonados. O ideal, entende o CHEGA, é abrir menos alguns caminhos novos, mas cuidar bem dos que existem, já que “em algumas zonas, já fomos detectando que até os cursos de água e o escoamento de águas da chuva estão a ser tapados pela vegetação e infestantes, o que traz perigo para as populações, porque a água corre para o centro das freguesias e há inundações”.
Estando na ilha Terceira, o deputado do CHEGA lembrou também o estado do piso de algumas estradas regionais, nomeadamente a estrada que liga as duas cidades da ilha e que o CHEGA já defendeu que precisa de uma requalificação urgente.
“Vamos investir menos dinheiro em arraiais e cuidar daquilo que todos os dias e todo o ano os Açorianos usam. Esta coisa de fazer arraiais para ter votos, já acabou. Temos de começar a tratar dos Açorianos, porque são os Açorianos que nos estão a pagar e nos exigem trabalho todos os dias”, concluiu José Pacheco.