O PS/Açores alertou esta segunda-feira para o desinvestimento do Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM, apoiado pelo CH e pela IL, no combate à infestação de térmitas na Região, salientando, a esse propósito, a gradual diminuição da dotação no Plano e Orçamento para a monitorização e controlo desta praga.
Segundo Joana Pombo Tavares, a “inação” do Governo de coligação nesta matéria, “optando pela propaganda em vez de apostar no que é prioritário e diferenciador para a segurança e qualidade de vida dos Açorianos”, tem contribuído para que a Região “esteja a perder terreno neste combate”.
“Há cerca de 20 anos que a Universidade dos Açores iniciou trabalhos de investigação nesta área, sendo que durante os Governos Regionais da responsabilidade do PS/Açores, esses trabalhos foram desenvolvidos por técnicos que elaboraram amostragens e análises de cariz científico, com apresentação anual de um Plano Estratégico de Controle e Erradicação”, relembrou a socialista, para salientar terem sido essas amostragens, efetuadas até 2020, que permitiram atualizar os mapas de risco em cada uma das freguesias em que essa infestação foi identificada.
Agora, e conforme destaca a deputada socialista, “por ações e omissões do Governo Regional, o combate à infestação de térmitas na Região tem vindo a perder terreno em inúmeros concelhos”, à qual também não é alheia “a gradual diminuição da dotação do Plano e Orçamento, até chegar ao valor previsto, no Plano e Orçamento de 2023, para a Monitorização e Controlo de Infestação por Térmitas, de, apenas, três mil euros”.
“Ora, essa dotação é incompatível com a resposta dada pelo Governo a um requerimento do PS/Açores, no qual informou que seriam colocadas, em diferentes localidades, placas de amostragem no exterior das habitações, que seriam depois analisadas por técnicos com formação específica nesta matéria”, relembrou a parlamentar, para salientar o atraso verificado na colocação destas armadilhas.
Nesse sentido, e através de um requerimento entregue na Assembleia Legislativa, Joana Pombo Tavares questionou o Governo quanto ao número de inspeções extraordinárias efetuadas pelos Serviços de Ambiente e Alterações Climáticas das ilhas do Faial, Pico, São Jorge, Terceira, São Miguel e Santa Maria, desde 2021, e quantas resultaram em notificação para o proprietário.
Os socialistas pretendem ainda obter informação, detalhada por ilha, quanto à data de colocação e de retirada de armadilhas, em 2022, bem como quantas foram colocadas, recolhidas e estavam em condições de serem analisadas, em cada uma das freguesias, perguntando ainda sobre o critério utilizado para a sua análise.
A deputada do PS/Açores quer ainda saber “quando serão atualizados os mapas de risco de infestação e quando será apresentado um Plano Estratégico de Controle e de Erradicação para as ilhas infestadas”, bem como quando foram colocadas as armadilhas exteriores e interiores referentes à campanha de monitorização de 2023.
GPPS/AÇORES/RÁDIOILHÉU