FLORES | Governo deve recorrer a mecanismos extraordinários para garantir realização urgente da proteção da ponte-cais do Porto das Lajes, considera Vasco Cordeiro
O Presidente do PS/Açores considerou, esta terça-feira, que o Governo Regional “deve utilizar todos os mecanismos que tem à sua disposição, inclusive os extraordinários, para garantir, de forma rápida, a realização da obra de proteção da ponte-cais do Porto das Lajes das Flores”, manifestando que em matéria de acessibilidades à ilha “o desafio não está a ser corretamente visto por parte de quem tem de decidir”.
Para Vasco Cordeiro, que intervinha em mais uma sessão da iniciativa “Construir o Futuro – Que Açores Queremos?”, que reuniu militantes e simpatizantes da ilha das Flores, a prioridade tem de ser a de “resolver a proteção urgente da ponte-cais do Porto das Lajes das Flores”, destruído pela passagem do furacão Lorenzo e, mais recentemente, com a tempestade Efrain. “Seja qual for o tamanho do navio que se pretenda que opere aí, se não houver uma proteção urgente e efetiva da ponte-cais através da intervenção nos escombros do antigo molhe, estará em causa, não apenas a regularidade do abastecimento à ilha, não apenas as condições de operacionalidade na ponte-cais, mas, bastante mais grave, a própria integridade dessa estrutura”, acrescentou.
“Hoje é notícia que, na próxima semana, o Governo receberá o projeto para uma intervenção de emergência no molhe destruído e que até ao final do primeiro semestre deste ano lançará o concurso público para essa obra. É uma boa notícia ter o projeto pronto na próxima semana. Mas, só quem não percebe que nas Flores não há 12 meses de trabalho contínuo em obras marítimas, é que pode decidir seguir o procedimento normal de contratação pública”, referiu o socialista para considerar que, conforme foi anunciado pelo Governo, ao lançar o concurso público em julho, a obra, provavelmente, só se iniciará “em abril, maio ou junho de 2024”.
A este propósito, Vasco Cordeiro referiu que o Governo podia pedir “a aprovação de uma legislação especial que permitisse o ajuste direto”, facilitando, assim, o início dos trabalhos já em maio de 2023, por considerar ser esta a única forma de garantir que a intervenção ficava concluída a tempo, antes do próximo inverno.
Reforçando a necessidade de imprimir uma muito maior celeridade a todo o processo de recuperação do Porto das Lajes, o Presidente do PS/A relembrou que entre 2019 e este ano de 2023, “as obras que estão concluídas ou estão a decorrer, casos da ponte-cais, da rampa roll on – roll off, ou da proteção de emergência, são obras lançadas ainda pelo Governo do Partido Socialista. O atual governo precisa imprimir mais rapidez a este processo que agora é da sua responsabilidade”, referiu Vasco Cordeiro.
Na ocasião, e manifestando a sua preocupação com o risco de a população mais jovem poder vir a sair da ilha das Flores, por não ter o conhecimento claro do que vai acontecer, o Presidente do PS/Açores referiu que este desafio se liga a questões “demográficas, económicas e, sobretudo, com a necessidade de não se cortar possibilidades de desenvolvimento”, defendendo, nesta matéria, que no que respeita à agricultura ou à produção de leite “não se pode aplicar, nas Flores, a mesma medida que se aplica a outras ilhas, sobretudo numa situação em que a ilha está exposta, fruto das circunstâncias”. “No que respeita à situação da Cooperativa Ocidental, o Governo Regional já está em falta no cumprimento do compromisso que assumiu perante os dirigentes, os cooperantes e o setor leiteiro das Flores. Isso é um mau sinal.” salientou o Presidente do PS/Açores.
Durante a sessão, também o secretário coordenador do PS/Flores, José Eduardo, alertou para a importância de se debater o futuro da Região, considerando ter sido com os Governos Regionais da responsabilidade do Partido Socialista “que se desenvolveu e colocou os Açores em todo o mundo”.
“Não temos de nos envergonhar do nosso passado, por mais que queiram fazer passar essa mensagem. Só aqueles que não têm projetos, nem orientação para desenvolver os Açores, é que falam do passado”, referiu o socialista, para acrescentar que para o Partido Socialista o que interessa “é construir o futuro dos Açores que queremos”.
No âmbito da iniciativa, “Construir o Futuro – Que Açores Queremos?”, o Presidente do PS/Açores está a percorrer todas as ilhas da Região, reunindo em sessões de debate com o objetivo de manter e reforçar o contacto com os militantes e simpatizantes do Partido, ouvindo-os sobre as respostas para os desafios atuais e futuros da Região.
PS/AÇORES/RÁDIOILHÉU