A segurança da população e o bem-estar das forças de segurança na Região têm sido uma bandeira do CHEGA, que entende que os Açores devem ter um “tratamento diferenciado na colocação de novos efectivos policiais, por sermos nove ilhas”.
No final de uma reunião com o Vice-Presidente nos Açores do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), António Santos, o deputado do CHEGA referiu que a segurança “nunca pode estar em causa” e lembrou que as especificidades da Região devem ser tidas em conta na altura de colocação de efectivos. José Pacheco alertou que “neste momento a segurança dos açorianos e de quem nos visita não está em causa, mesmo com a falta de efectivos, mas é razoável compreender que com tão poucos elementos, o trabalho não há-de ficar tão bem feito como desejaríamos”.
O CHEGA referiu que com o aumento do fluxo de turistas na Região e com o aumento das competências da PSP, “pode ficar um pouco esquecido o trabalho pedagógico que as forças de segurança têm junto da população, do comércio, das escolas ou dos idosos. E não podemos cair no ridículo de, por falta de elementos, um turista se sentir inseguro na nossa terra”.
Além disso, José Pacheco lembrou também que o trabalho ao nível da prevenção das dependências foi sendo descurado “e estamos a pagar essa factura que vai para as famílias, mas também para as forças de segurança que cada vez mais estão a fazer o trabalho de investigação e a andar atrás de estupefacientes. Se tivéssemos feito esse trabalho antes, hoje possivelmente teríamos mais polícias para andar nas ruas a fazer pedagogia junto dos jovens ou a andar junto do comércio tradicional”.
O deputado do CHEGA reconheceu que a falta de efectivos da Polícia de Segurança Pública é transversal a todo o país, no entanto, reforçou a necessidade de haver um tratamento diferenciado para a Região na altura de distribuir os novos efectivos, não olhando apenas a rácios de população e de criminalidade “porque somos nove ilhas”. Até porque, lembrou, os Açores são sempre a região do país com mais candidatos à PSP todos os anos e muitos destes jovens podem querer regressar às suas origens. Na região existem 34 esquadras da PSP que albergam um efectivo de pouco mais de 900 agentes, muitos deles prestes a atingir a idade de reforma o que se reflecte depois também em termos operacionais.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU