Mercados Internacionais
Apesar dos bons resultados trimestrais apresentados pela Microsoft e da Meta Platforms, os futuros norte-americanos estão a ser negociados em baixa, com o Nasdaq100 a recuar 0,8% e o S&P 500 a recuar mais de 0,3%.
As perspetivas da Meta para as receitas do quarto trimestre desapontaram as expectativas dos analistas, levando as ações da empresa a caírem cerca de 2,5% após o fecho do mercado. As ações da Microsoft, por outro lado, estão a ganhar 1%; a empresa superou as previsões do mercado e apresentou um crescimento de receitas superior a 30% no segmento de cloud do Azure.
A Amazon apresentará resultados hoje após a sessão norte-americana.
Banco do Japão decide manter as taxas de juro inalteradas
O Banco do Japão manteve as taxas de juro inalteradas em 0,25% e em linha com as previsões dos mercados; a decisão foi unânime. No entanto, o par USDJPY está a recuar cerca de 0,3% com os mercados a verem algum sinal “hawkish” no relatório do BoJ e nos comentários do Governador do BoJ, Kazuo Ueda.
Ueda indicou que a inflação esperada deverá ser inferior em 2025, indiretamente devido a razões relacionadas com o preço do petróleo. Ueda sublinhou que o iene fraco faz com que as empresas japonesas tenham um melhor desempenho e sejam mais suscetíveis de aumentar os salários e os preços. Indicou também que a atual política monetária pouco rigorosa será ajustada em conformidade se a economia cumprir o objetivo do BoJ em termos de crescimento económico e de preços; o banco espera que a inflação de base do IPC se mantenha ao nível de 2% entre o período fiscal de 2024 e 2026.
De acordo com Ueda, a economia japonesa está a recuperar moderadamente e prevê a continuação do crescimento económico acima do potencial. O governador do BoJ afirma igualmente que os aumentos de preços devidos a salários mais elevados poderão ser mais fortes do que o anteriormente previsto. A previsão mediana do crescimento real do PIB fiscal de 2026 para o Japão foi elevada para 4% contra 1% em julho; o ritmo de crescimento do IPC subjacente de 2026 manteve-se inalterado em 2,1%.v
Resultados do BCP e Jerónimo Martins
No final da sessão de ontem, o BCP e a Jerónimo Martins apresentaram os seus resultados.
O Millennium BCP apresentou um aumento significativo dos seus lucros nos primeiros nove meses de 2024, alcançando os 714 milhões de euros, o que representa um crescimento de 9,7% em termos homólogos. Este desempenho positivo é atribuído ao aumento das margens de lucro e à redução de provisões, refletindo uma melhoria geral nas operações do banco.
Além disso, o BCP anunciou uma nova política de distribuição de dividendos, comprometendo-se a distribuir até 75% dos lucros aos acionistas ao longo dos próximos quatro anos.
A reação esta manhã em bolsa está a ser bastante positiva, com as ações a subirem mais de 4,5%.
No caso da Jerónimo Martins, a empresa registou um lucro de 440 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, ainda assim representou uma queda de 29% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esta redução é atribuída a fortes pressões sobre os preços e a desafios nos mercados onde opera, especialmente na Polónia e Colômbia, onde a desaceleração do consumo afeta os resultados da Biedronka e da Ara.
Em contrapartida, o grupo registou um crescimento positivo nas vendas, sustentado pela manutenção de preços competitivos e por uma estratégia focada na eficiência operacional. Este desempenho é destacado como um esforço para consolidar a sua liderança de mercado e responder às exigências de consumidores sensíveis aos preços.
Apesar de diminuição dos lucros, as ações da empresa estão a subir mais de 9% esta manhã.