O calendário económico para o dia de hoje está repleto de dados importantes. Os investidores ficarão a conhecer as últimas decisões dos bancos centrais, incluindo o BCE da zona euro, o BoE do Reino Unido, o Norges Bank da Noruega e o SNB da Suíça. Em todos os casos, espera-se que as taxas de juro se mantenham inalteradas. No entanto, a atenção do mercado centrar-se-á nos discursos dos responsáveis dos bancos centrais e na procura de confirmação de uma postura dovish semelhante à da Fed de ontem.
Para além das decisões dos bancos centrais, serão publicados os dados das vendas a retalho de novembro dos EUA. Espera-se um ligeiro abrandamento de -0,1% em comparação com o mês anterior.
Mercados Internacionais
Os índices em Wall Street terminaram as negociações de ontem em alta, com o Dow Jones a ser o primeiro índice americano a atingir novos máximos históricos.
Os índices da Ásia e do Pacífico também estiveram a ser negociados em alta. Os índices chineses valorizaram 0,40-0,80%, à semelhança do índice australiano S&P ASX 200. O índice Nikkei 225 recuou cerca de 0,80%.
Esta manhã, os índices europeus também estão a valorizar, na sequência da boa sessão registada pelos pares asiáticos e norte-americanos.
Resumo da decisão da FOMC ontem:
As projeções económicas mostraram que o ciclo da subida dos juros já terminou e são esperados cortes das taxas de juro ao longo do próximo ano. A juntar a tudo isto, os comentários de Powell foram nitidamente dovish e estão a servir de trigger para os mercados continuarem a recuperar.
Alguns dos comentários:
● O futuro continua a ser incerto;
● Tendo em conta o caminho percorrido e as incertezas, estamos a proceder com cuidado;
● A atividade no sector da habitação estabilizou;
● O mercado de trabalho continua resiliente, mas começa a dar sinais de fraqueza;
● No entanto, a procura de mão de obra continua a ser superior à oferta;
● Embora acreditemos que a taxa de referência esteja provavelmente perto do seu pico para este ciclo, já fomos surpreendidos no passado;
● A Fed estima que o PCE de novembro suba para os 2,6% em relação ao ano anterior, com o core a subir 3,1%.
● Há pouca informação para pensar que a economia está em recessão agora, mas há sempre uma probabilidade de haver uma recessão no próximo ano.
● Os decisores políticos estão a pensar e a falar sobre quando será apropriado reduzir as taxas.