O início da sessão está a ser marcado por uma deterioração no sentimento geral do mercado, na sequência dos dados publicados ontem sobre a inflação nos EUA. Logo após o relatório, pudemos observar um claro sentimento de risk-off nos mercados, com o dólar americano a recuperar, bem como as yields, enquanto que os ativos de risco recuaram.
Esta madrugada as quedas intensificaram-se nos índices, com os índices da China em destaque após os dados macro mais recentes terem mostrado que a economia volta a dar sinais de fraqueza. O IPC da China para setembro ficou nos 0%, e o IPP contraiu 2,5% em relação ao ano anterior. Os índices chineses não tardaram a reagir e entraram em sell-off, com perdas superiores a 2%.
No mercado europeu, o sentimento também é negativo na sequência da fraca sessão registada pelos pares asiáticos e norte-americanos.
Agenda Económica
A sessão de hoje será marcada pela publicação dos dados finais sobre a inflação na europa e na parte da tarde, serão conhecidos os dados realizados pela Universidade de Michigan sobre o índice de confiança entre os consumidores e as expectativas sobre a inflação a 1 e 5 anos.
Os dados franceses sobre a inflação acabaram por sair em linha com as estimativas dos analistas, porém deve-se destacar os resultados do índice harmonizado de preços do consumidor que registou uma contração de -0,6% em relação ao mês anterior. Estes dados reforçam os argumentos de que o BCE poderá começar a abrandar o ciclo de subida dos juros.
Por outro lado, os dados da Universidade de Michigan poderão dar sinais de que a atividade económica continua a abrandar. Espera-se que o índice de confiança entre os consumidores passe de 68.1 pts para 67.5 pts, ou seja que o consumo entre os agentes económicos comece a diminuir – estes dados poderão reforçar ainda mais os recentes comentários de vários membros da Fed que têm defendido o fim do ciclo da subida dos juros.
Por fim, mas não menos importante, na economia portuguesa serão conhecidos os dados do transporte aéreo e os dados da atividade turística do país relativos a agosto. Ambos os dados serão importantes de se acompanhar de perto, pois o turismo tem tido cada vez mais impacto na economia portuguesa e a sua contribuição no PIB tem aumentado anos após ano.