
Mercados Internacionais
Após o feriado da sessão de ontem em Wall Street, os futuros dos índices dos EUA estão a recuar devido às preocupações em torno das tarifas de Donald Trump (US100: -0,35%, US500: -0,3%, US30: -0,2%, US2000: -0,2%). O pessimismo também é visível antes da abertura europeia (EU50: -0,3%).
De acordo com o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, as tarifas recíprocas serão confirmadas pelo Supremo Tribunal; depois de um tribunal federal de recurso ter reafirmado uma decisão, anterior segundo a qual as tarifas foram impostas ilegalmente e, abusaram dos poderes de emergência presidenciais. Bessent sublinhou que o fentanil e os déficits comerciais crescentes são verdadeiras ameaças nacionais que devem ser abordadas.
O sentimento na Ásia-Pacífico é misto:
· CHN.cash e HK.cash negoceiam em alta (+0,4% e +0,1%, respetivamente), embora os produtores chineses de semicondutores tenham sofrido correcções significativas devido à realização de lucros (por exemplo, Hua Hong Semiconductor: -10%).
· Os índices JP225 e AU200.cash caíram 0,25%.
· O Nifty 50 da Índia sobe 0,4%, apesar da retórica mais dura de Trump sobre o comércio com a Índia.
Calendário económico
Setembro começou inesperadamente com o regresso das questões comerciais e a agitação em torno da decisão do tribunal federal de recurso, que manteve a decisão inicial de que as tarifas recíprocas de Donald Trump são ilegais.
O caso será remetido para o Supremo Tribunal. Embora a suspensão das tarifas signifique potenciais poupanças para os exportadores, o regresso da incerteza em si pode abrandar alguma atividade comercial, uma vez que as empresas esperam por clareza antes de prosseguirem com grandes projetos.
Esta terça-feira, as principais publicações macroeconómicas serão:
· os dados da inflação da zona euro, que deverão reforçar a decisão do Banco Central Europeu de suspender a flexibilização
· os dados americanos do ISM e PMI da indústria transformadora, com o sub-índice de emprego a desempenhar um papel importante.
A volatilidade do mercado petrolífero também pode ser influenciada pelo discurso de hoje de Donald Trump, caso aborde a Ucrânia ou as sanções contra os compradores de petróleo russo.
XTB/RÁDIOILHÉU

