O mercado obrigacionista recuperou após o discurso de Jerome Powell ontem, que foi visto como bastante dovish, tendo em conta os últimos dados sobre a inflação dos EUA.
Embora a descida das yields das obrigações do Tesouro dos EUA a 10 anos tenha sido interrompida, em certa medida, hoje, ainda estão 11 pontos base abaixo dos seus máximos locais de 25 de abril, no nível de 4,7%.
Os índices dos EUA estão a valorizar esta manhã. Enquanto o EURUSD segue também o momentum de alta, valorizando cerca de 0,04% e voltou a subir acima da marca dos 1,07.
O índice Hang Seng subiu mais de 2,2%, mas a maioria dos índices dos mercados APAC registou pouca volatilidade. O Nikkei e o KOSPI da Coreia perderam ligeiramente.
As licenças de construção na Austrália aumentaram 1,9% m/m vs. 3,4% previsto e -1,9% anteriormente. O PMI da indústria da Coreia indicou 49,4 contra 49,8 anteriormente.
Tom dovish de Jerome Powell apoia a recuperação nos índices bolsistas
A sessão de ontem ficou marcada pela decisão da Fed sobre as taxas de juro. A decisão em si não teve grande impacto nos mercados, uma vez que as taxas de juro ficaram inalteradas, em linha com as expectativas do mercado.
No entanto, Jerome Powell referiu que no dia 1 de junho a Reserva Federal vai começar a diminuir o ritmo da redução do balanço do banco (QT), acabando por impulsionar o sentimento nos índices americanos.
Sell-off no petróleo continua
O petróleo WTI já desvalorizou mais de 8% esta semana, testando a marca dos $79 por barril.
As quedas voltaram a intensificar-se ontem, após a divulgação do relatório da DOE que mostrou um aumento inesperado nos inventários de 7,26 milhões de barris, acima das expectativas que apontavam para um aumento de apenas 2 milhões de barris. A juntar a tudo isto, os dados do ISM referente à indústria mostraram ficaram abaixo dos 50 pts, o que mostra que começam a existir novos sinais de abrandamento na atividade económica e que a procura por petróleo poderá voltar a diminuir.