As filarmónicas da freguesia do Topo, no concelho da Calheta, na ilha de São Jorge, enfrentam uma crise de direções. A Sociedade Filarmónica Clube União e a Sociedade Filarmónica Recreio Topense, após duas assembleias realizadas nas últimas semanas de novembro, continuam sem conseguir formar direções para estas instituições.
Segundo a Rádio Ilhéu apurou, esta crise surge devido ao facto de as antigas e atuais direções serem compostas pelas mesmas pessoas, que há vários anos mantêm estas casas da Ponta de Guilherme da Silveira. São várias as horas de voluntariado dispensadas por estas pessoas, que abdicam do seu tempo para formar pessoas e músicos, organizar eventos, preparar tocatas, ensaios, gerir a sociedade e a filarmónica, músicos e maestros, entre outras tarefas diárias necessárias para manter estas atividades filarmónicas.
Em causa está a possibilidade de estas casas terem de fechar as portas por não haver direções nem listas novas para dar continuidade à Sociedade Filarmónica Clube União, com 155 anos, e à Sociedade Filarmónica Recreio Topense, com 69 anos de dedicação à cultura, tradições e música na ilha de São Jorge.
