TOPO | Comissão da Fábrica da Igreja Paroquial faz esclarecimento sobre araucárias

Neste dia 10 de outubro de 2022 chegou á redação da Rádio Ilhéu um esclarecimento por parte da Comissão da Igreja Paroquial do Topo, na Ilha de São Jorge. Este esclarecimento veio acompanhado por um vídeo no dia em que foi realizado o corte/poda na primeira árvore no Convento de São Francisco. Este comunicado tem como “intuito esclarecer a população sobre o sucedido quanto às duas araucárias” perto do Convento que passamos a emitir na íntegra.

“Com o intuito de esclarecer a população sobre o sucedido quanto às duas araucárias perto do Convento de São Francisco, a Comissão da Fábrica da Igreja Paroquial do Topo reuniu os documentos necessários e reuniu no dia 9 de outubro de 2022. Sobre os diversos momentos em que se abordou a intenção de tomar alguma iniciativa em relação a estas árvores, de forma a evitar futuramente a queda de novos ramos e consequentes danos materiais, dá-se conhecimento:

• Em janeiro de 2020, o Vigário Geral da Diocese de Angra, Hélder Manuel Cardoso da Fonseca de Sousa Mendes autorizou o pedido de licenciamento de desbaste ou corte das espécies existentes no adro do Convento de São Francisco.
  
• No final do referido mês, a Unidade Orgânica do Ambiente e Serviços Urbanos da Câmara Municipal da Calheta, enviou um ofício à Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, que transmitia que «os exemplares em apreço não estão incluídos na listagem de espécimes protegidas nem classificadas nos Açores». O mesmo documento recomendava a consideração de todas as opções de intervenção que não somente o corte raso.
  
• Neste seguimento, em fevereiro de 2020, foi pedido o parecer da Junta de Freguesia do Topo, que se manifestou contra o corte raso destas árvores, propondo podas seletivas com remoção de ramos mortos, e onde manifestou ter intenção de pedir a classificação das mesmas.
  
• Em junho de 2020, o Padre Dinis Silveira recebeu um ofício da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, tendo como Diretor do Serviço Domingos Filipe da Eira Lourenço. Neste documento pode ler-se “Não nos opomos ao corte, em especial do exemplar que tem o fuste partido;”
  
• No dia 6 de outubro de 2021, pelas 20h00, na Vila do Topo, uma pequena parte dos paroquianos desta freguesia reuniu-se no Convento de São Francisco, para que se pudesse chegar a um consenso em relação ás árvores desta igreja que, relembramos, no ano de 2019 causaram estragos em viaturas que ali se encontravam estacionadas, bem como estragos avultados no Convento de São Francisco. Esta era uma reunião consultiva, onde todos eram bem-vindos. Contudo, marcaram presença apenas 14 paroquianos, tendo ficado estabelecido o seguinte:

1. Seriam podados os ramos que ofereciam perigo à população;
2. Cortar-se-iam as guias que foram cortadas anteriormente;
3. Contratar-se-ia alguém especializado para tal;

Chegado o final de 2022, as árvores continuavam a representar um perigo para a população e sem qualquer tipo de classificação.

Após deliberação com os paroquianos e de receber os pareceres das entidades que possuem competência para tal, procedeu-se à poda de uma das árvores. Acontece que, de forma não propositada, os ramos que foram sendos podados na parte superior acabaram por partir os de baixo, causando um perigo ainda maior. A solução urgente foi cortar todos os ramos de forma a não causar estragos maiores. Não era o planeado, mas o desenrolar da situação acabou por exigir que assim fosse para que os outros bens fossem salvaguardados, tal como a segurança de bens humanos e materiais.”

CFIPT/RÁDIOILHÉU