TERCEIRA | Diagnóstico de doença oncológica nem sempre é uma fatalidade, frisa Clélio Meneses
O Secretário Regional da Saúde e Desporto lembrou, no Dia Mundial do Cancro, que a notícia de uma doença oncológica nem sempre é uma “fatalidade”.
Numa intervenção que abriu, em Angra do Heroísmo, a conferência “Oncologia: Presente e Futuro”, organizada pelo Centro de Oncologia dos Açores (COA), para assinalar o Dia Mundial do Cancro, Clélio Meneses recusou que “o estigma social da doença oncológica permita pensar que uma notícia é uma fatalidade”.
“Nem sempre assim é e, na generalidade, a abordagem da Saúde à doença demonstra que não”, frisou.
O governante sublinhou que “antes da doença há a prevenção e o rastreio”, e exortou os açorianos a responderem positivamente às iniciativas do COA, recordando que há quatro rastreios em curso no arquipélago, estando em curso a preparação de mais um, dirigido aos fumadores.
“Há uma iniciativa no Parlamento dos Açores, o programa do Governo também já o referia, e estamos a falar de um programa de rastreio do cancro do pulmão muito complexo, mas trabalhamos para o desenvolver de acordo com a capacidade da região”, adiantou.
Para o Secretário Regional da Saúde e Desporto, “é importante ter presente que, mesmo na doença, existem respostas de nível cirúrgico, de quimioterapia, radioterapia, e outras, que todas elas garantem mais vida e melhor qualidade de vida”.
“E depois da doença, também é importante perceber que a alteração da estrutura etária, faz com que haja mais esperança de vida, mas apesar da doença, é possível ter essa esperança de vida, com qualidade, ao nível de cuidados paliativos e ao nível de cuidados de saúde, no envelhecimento”, considerou.
O presidente do COA alertou na ocasião para a importância “muito particular”, da prevenção e sensibilização para a questão do tabagismo, “cujo elevado índice de consumo, associado às elevadas taxas de incidência do cancro do pulmão assumem valores preocupantes”.
Participaram na conferência destacados dirigentes e profissionais da Saúde nos Açores, bem como o diretor do programa nacional das doenças oncológicas da DGS, José Dinis.
A convite do COA, estiveram também presentes elementos do SESARAM, o Serviço Regional de Saúde da Madeira.
Durante a conferência foi apresentado o resultado da caracterização geográfica e epidemiológica da doença nos Açores, trabalho realizado pelo COA em parceria com a Universidade dos Açores, e foi também debatida a perspetiva do Plano Regional de Saúde, em preparação, sobre a realidade oncológica no arquipélago.
GRA/RÁDIOILHÉU