O Secretário Regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses, visitou esta quarta-feira, na Ilha Terceira, a Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drumond, onde decorre presentemente trabalho de campo no âmbito do projeto DESPERTAR.
“Estamos perante um projeto essencial para o desenvolvimento social e económico dos Açores, porque estamos a ir ao encontro das dos mais jovens, e a avaliação da sua capacidade motora é determinante”, referiu Clélio Meneses, à margem da visita.
O DESPERTAR inscreve-se num plano alargado de estudos sobre o crescimento físico, desenvolvimento motor, prática desportiva, níveis de atividade física, fatores de risco metabólico e comportamentos de saúde de crianças e jovens, e famílias açorianas, e está a ser desenvolvido no arquipélago pelo Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervenção no Desporto da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.
O projeto envolve diversas Secretarias Regionais e mais de uma dúzia de Direções Regionais e revela-se crucial para o desenvolvimento da atividade física e do desporto nos Açores. Os Diretores Regionais do Desporto e da Educação acompanharam a visita à Escola Francisco Ferreira Drumond.
“Temos até agora cerca de 500 crianças avaliadas nas ilhas das Flores, Corvo e Graciosa, e nesta altura estamos a desenvolver o trabalho nas ilhas Terceira e São Miguel”, adiantou Clélio Meneses, que valorizou o envolvimento de outros departamentos do Governo Regional.
“Vivemos num tempo em que as crianças não tem muita atividade física, quer seja por um conjunto de outros hábitos, quer seja por terem muitas atividades que não implicam atividade física”, considerou o governante, alertando para o “preocupante” défice motor das crianças e jovens da região.
“Temos crianças que hoje não sabem andar, não sabem correr, nem sabem cair. Isto tem um impacto tremendo no seu desenvolvimento motor e na sua saúde”, afirmou o titular das pastas da Saúde e Desporto nos Açores.
O governante avança também que os resultados do DESPERTAR vão permitir “adequar medidas ao nível da atividade física e do desporto” e que “os conhecimentos serão partilhados com a Saúde”.
Clélio Meneses garantiu também que “identificadas que estejam algumas questões preocupantes, ou com algum grau de risco, estas são encaminhadas para a respetiva unidade de saúde, para terem um acompanhamento médico adequado”.
O DESPERTAR decorre até ao final do presente ano letivo e tem um universo previsto de cerca de 7.000 crianças.
GRA/RÁDIOILHÉU