SÃO MIGUEL | Hospital de Ponta Delgada. Nuno Barata exorta à constituição de comissão parlamentar de inquérito
O Deputado da Iniciativa Liberal (IL) no Parlamento dos Açores, Nuno Barata, insiste no apelo aos partidos políticos com a prerrogativa legal de proporem a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito que possa levar ao total esclarecimento sobre as causas do incêndio que afetou o Hospital de Ponta Delgada, no passado dia 4 de maio, bem como de todas as decisões que se seguiram.
Na reação às declarações de membros do Governo sobre a ausência da IL na sessão de apresentação aos partidos políticos do hospitalar modular que será instalado nas imediações da unidade hospitalar pública de São Miguel, Nuno Barata voltou a exortar “os partidos políticos com poder para tal, a avançarem com a constituição de uma comissão de inquérito” ao caso do incêndio no Hospital do Divino Espírito Santos.
“Não faz sentido agora, depois da decisão tomada, o Governo Regional querer explicar aos partidos políticos porque é que tomou determinada decisão. Não é assim que se dignifica a propalada centralização do Parlamento, nem é assim que se dialoga”, frisa Nuno Barata, insistindo que, também por via das decisões unilaterais adotadas pelo Governo de coligação, importa escalpelizar todo o processo.
“Depois do debate parlamentar que se realizou a semana passada e das atitudes e decisões unilaterais do Governo Regional sobram mais dúvidas do que esclarecimentos” sobre as verdadeiras causas que levaram à calamidade que afetou o maior hospital da Região, pelo que a IL sublinha que importa, “mais do que passar culpas”, esclarecer os Açorianos sobre as capacidades de resposta do Serviço Regional de Saúde, em caso de mais alguma calamidade.
“Existem 8 forças políticas representadas no Parlamento dos Açores, mas apenas 4 têm a prerrogativa legal de poder suscitar a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito. Insisto, pois, na exortação às diferentes bancadas que têm o poder de propor a constituição de uma comissão de inquérito para que o façam”, diz Nuno Barata.
A IL, por ser uma Representação Parlamentar, está impedida pelo Regimento do funcionamento da Assembleia Legislativa de avançar com a proposta de criação de comissões parlamentares.
Para Nuno Barata “o que se passou no Hospital de Ponta Delgada é uma questão que ultrapassa, inclusivamente, o que aconteceu no dia 4 de maio (dia do incêndio) e que tem de ser devidamente esclarecido. Para a IL, o Hospital de Ponta Delgada já estava em grande perigo no dia 3 de maio”.
IL/AÇORES/RÁDIOILHÉU