SÃO JORGE | Vereadores do PS na Câmara da Calheta apresentam voto de congratulação ao Museu Francisco de Lacerda pela distinção com o Prémio “Trabalho de Museografia”, pela APOM
O Museu Francisco de Lacerda foi distinguido com o Prémio “Trabalho de Museografia” na edição de 2025 dos Prémios APOM (Associação Portuguesa de Museologia), cuja cerimónia decorreu no passado dia 2 de junho, no Cineteatro Louletano.
Este reconhecimento nacional destaca o trabalho notável desenvolvido pela equipa do museu, que tem vindo a preservar, valorizar e divulgar, com elevado profissionalismo, o rico património histórico e cultural da ilha de São Jorge. A atribuição do prémio é um motivo de grande orgulho para o concelho da Calheta e para todos os jorgenses, reforçando o papel do Museu Francisco de Lacerda como pilar da identidade local e motor da vida cultural e educativa da região.
O Museu Francisco de Lacerda tem também desempenhado um papel essencial na preservação da memória do maestro que lhe dá nome — uma figura incontornável da cultura jorgense e da história musical nacional e internacional.
Na sequência desta distinção, a Câmara Municipal da Calheta aprovou, na sua reunião de 5 de junho, um voto de congratulação dirigido à direção e equipa do Museu Francisco de Lacerda. O Vereador Dário Ambrósio, proponente do voto em nome dos vereadores do Partido Socialista, aproveitou para destacar a importância de continuar a investir na valorização deste equipamento cultural.
“É fundamental que se dê seguimento às obras de beneficiação da chaminé da antiga fábrica Marie d’Anjou, como também da zona envolvente à chaminé, elemento patrimonial que merece ser requalificado e integrado de forma plena no conjunto museológico. Esta valorização contribuirá para enriquecer ainda mais a experiência dos visitantes e reforçar a identidade do espaço”, afirmou Dário Ambrósio.
O vereador defendeu ainda a necessidade de um entendimento institucional com o Museu de Angra do Heroísmo, no sentido de permitir a transferência de parte do espólio relacionado com o Maestro Francisco de Lacerda, atualmente afeto àquela instituição, para o museu da Calheta:
“É tempo de o Museu Francisco de Lacerda poder acolher, de forma definitiva, parte significativa do espólio do Maestro que lhe dá nome. Esse acervo deve estar acessível na terra que o viu nascer, para benefício da comunidade local e dos visitantes.”
Dário Ambrósio propôs igualmente que se inicie uma reflexão alargada sobre a reclassificação do Museu Francisco de Lacerda como Museu Regional da Música, reconhecendo a sua vocação natural para esse papel:
“O percurso do museu, a sua missão, a ligação intrínseca à figura de Francisco de Lacerda e o contributo que tem dado para a valorização da música e da cultura justificam que se avalie, com seriedade, a possibilidade de uma nova classificação. Seria um passo lógico na afirmação da nossa região como território de cultura e talento.”
