SÃO JORGE | Romeiros de Nossa Senhora do Rosário iniciam ano pastoral de olhos postos no Jubileu da Esperança
Os dois ranchos de romeiros de São Jorge- feminino e masculino- da paróquia de Nossa Senhora do Rosário, no Topo, iniciaram este sábado as atividades do Ano Pastoral, com uma reflexão sobre o Ano Santo de 2025, que se iniciará no dia 29 de dezembro com a abertura da Igreja Jubilar da ilha que será o Santuário do Senhor Santo Cristo da Caldeira, na Fajã do Santo Cristo.
De acordo com uma nota enviada ao Sítio Igreja Açores, a reflexão proposta, que foi feita no Salão paroquial de Santo Antão pelo ouvidor, padre Dinis Silveira, incidiu sobre o significado dos vários sinais do Jubileu, com particular destaque para a peregrinação, a oração, a profissão de fé, a reconciliação e a indulgência plenária.
Os dois ranchos irão participar na peregrinação que precederá a abertura da Igreja Jubilar e que partirá da Ermida da Fajã dos Cubres para a Caldeira do Santo Cristo com a Imagem do Senhor Santo Cristo, que se venera no Santuário. Na ocasião, os romeiros ficarão responsáveis pela meditação do terço bem como alguns cânticos do percurso.
“Jubileu” é o nome de um ano particular, que se celebra a cada 25 anos, em toda a Igreja. Foi proclamado pela primeira vez em 1300 pelo Papa Bonifácio VIII e a sua frequência mudou ao longo do tempo: no início era a cada 100 anos; passou para 50 anos em 1343 com Clemente VI e para 25 em 1470 com Paulo II. Também há jubileus “extraordinários”: por exemplo, em 1933 Pio XI quis recordar o aniversário da Redenção e em 2015 o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia. A forma de celebrar estes anos também foi diferente: na sua origem, fazia-se a visita às Basílicas romanas de São Pedro e São Paulo, portanto uma peregrinação, mais tarde foram-se acrescentando outros sinais, como a Porta Santa. Este ano apenas as Basilicas papais de Roma serão portas santas, havendo uma quinta aberta numa prisão em Roma. Cada diocese deve ter apenas uma Igreja Jubilar, mas dada a descontinuidade egográfica do arquipélago, os Açores terão uma igreja jubilar por ilha.
Ao participar no Ano Santo, vive-se a indulgência plenária, que é uma manifestação concreta da misericórdia de Deus, que transcende os limites da justiça humana e as transforma.
Em São Jorge, a ilha está convidada para participar em todas as celebrações jubilares, com particular destaque para os Jubileus de zona, nos meses de janeiro, fevereiro, outubro, novembro e dezembro de 2025, nos quais as comunidades de cada zona ficam responsáveis pela animação litúrgica das celebrações na Igreja jubilar.
Em julho a ilha recebe a Aldeia da Esperança e na Quaresma será inaugura uma Via sacra digital entre a Fajã dos Cubres e a Caldeira do santo Cristo, sendo apresentada uma proposta espiritual para o caminho entre os dois lugares, culminando com uma visita ao Santuário.
IA/RÁDIOILHÉU
