SÃO JORGE | Governo dos Açores atento às necessidades de quadros de saúde locais, diz Clélio Meneses
O Secretário Regional das Saúde e Desporto disse na sexta-feira, em São Jorge, que o Governo Regional “tem feito um grande esforço” para dotar os quadros de saúde locais de profissionais “em número suficiente às necessidades”.
Falando na abertura da quarta sessão do Fórum Saúde 2030 que decorreu nas Velas, Clélio Meneses apontou “os vários procedimentos em curso para dotar a ilha de profissionais de saúde em número suficiente”, e lembrou que em São Jorge “há já uma médica que será contratada, e chegou um outro médico para substituir a outra médica que, entretanto, tinha saído, havendo ainda um outro médico que chegará nos próximos tempos”.
“Para além dos médicos, está a decorrer um concurso para dois enfermeiros, e há mais três vagas que vão ser preenchidas em contrato a termo incerto”, avançou o governante, que falou ainda da “contratação autorizada” de mais três operacionais, psicólogo, terapeuta ocupacional e dois técnicos de análises.
“Estão a decorrer concursos para que a ilha de São Jorge tenha profissionais de saúde em número é suficiente, como dizia, e como nunca aconteceu”, sublinhou.
O Secretário Regional da Saúde e Desporto referiu também a obra em curso no centro de saúde de Velas “que não era digno em qualquer parte do mundo”, e disse ter encontrado “um problema gravíssimo, quer em termos jurídicos, quer com o empreiteiro, com a obra com os projetos, não existia nada ou o que o que existia era um problema”.
“Resolvemos o problema com empreiteiro, fizemos um novo projeto, e a obra está a avançar e vai terminar antes do tempo e é um bom exemplo daquilo que é preciso fazer, na sequência dos maus exemplos que tínhamos de instalações degradadas”, frisou.
“O problema é que nos Açores, a única situação de instalação degradada não era São Jorge. Temos instalações degradadas e a necessitarem de obras, do Corvo a Santa Maria”, disse.
Clélio Meneses voltou a referir o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) como suporte importante do projeto que está a ser desenvolvido para aquisição de equipamentos, e para a digitalização da saúde.
Neste âmbito, manifestou a convicção de que “a tecnologia seja, de facto, um auxílio, um apoio para que os cuidados de saúde sejam mais rápidos, mais eficazes e de forma a servir os utentes e os profissionais de saúde”.
O governante justificou ainda a necessidade de intervir na interoperabilidade dos sistemas, para prevenir “situações absolutamente inadmissíveis, mas que infelizmente ainda acontecem e que causam grande transtorno para os médicos que estão ocupados a fazer aquilo que não era necessário e, sobretudo, para os utentes que andam muitas vezes para trás e para a frente, porque o sistema informático que devia ser um apoio, é uma dificuldade que afeta a vida das pessoas”.
“É importante intervirmos. No sentido de alterar este sistema, tornando-o mais ágil e mais eficaz”, reiterou.
GRA/RÁDIOILHÉU