O CDS formalizou nesta segunda-feira a sua candidatura às eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores pelo círculo eleitoral de São Jorge. “É muito positivo para São Jorge que a Catarina Cabeceiras pretenda continuar o seu trabalho como deputada”, afirmou Roger Sousa, Presidente da Comissão Política de Ilha, referindo-se à cabeça-de-lista pelo CDS de São Jorge. “Toda a equipa que a acompanha está apta a contribuir para o desenvolvimento da ilha”.
O mandatário da lista e dirigente do CDS-PP Açores, Luís Silveira, enalteceu “o bem que significou para a nossa ilha a eleição de um deputado pelo CDS por São Jorge”, declarando que “a postura do CDS em São Jorge nos últimos anos, num partido que pertence à fundação da democracia, com mais de 40 anos de existência, tem o mérito de se saber renovar ao mesmo tempo que mantém antigos militantes e chama a si muitos independentes”. “Foi isso que se fez com a Catarina, hoje e há quatro anos atrás. A composição desta lista, que agora se apresenta, atesta que não há nenhum interesse instalado: há rostos novos, de pessoas que gostam da sua terra e querem dar o seu contributo. Os critérios de constituição da lista não se prendem na sua essência com a militância partidária, mas com as competências das pessoas, que já têm provas dadas perante a sociedade aos mais variados níveis”, frisou Luís Silveira. Jorge Paiva, candidato em segundo lugar pelo CDS de São Jorge às próximas eleições legislativas regionais de 25 de outubro e que substituiu a deputada Catarina Cabeceiras durante um ano no decorrer da legislatura cessante, destacou “o empenho e estreita colaboração de ambos no trabalho em prol do desenvolvimento da ilha de São Jorge”.
Na passada sexta-feira, aquando da apresentação pública da lista de candidatos, a cabeça-de-lista Catarina Cabeceiras declarou que a sua recandidatura se fundamenta “na convicção do quão importante é para a nossa ilha ter uma voz ativa na Assembleia Regional, alguém que verdadeiramente represente os Jorgenses e faça chegar aos decisores políticos aos nossas reivindicações, problemas e anseios”.
A título de retrospetiva, Catarina Cabeceiras classificou os últimos quatro anos de “muito intensos”, no exercício de um mandato definido por “oposição dinâmica e permanente, mas construtiva”. A candidata, que discursava a partir da Fajã do Ouvidor, disse que a escolha do local para a apresentação dos candidatos se prende simbolicamente com aquela que tem sido a posição do CDS relativamente à ilha de São Jorge e concretamente às Fajãs, “elementos identitários do nosso património, da nossa cultura e da nossa sociedade”. Catarina Cabeceiras recordou “a forte intervenção que os deputados do CDS têm tido ao longo dos anos no âmbito do Plano Integrado das Fajãs”, assinalando, como exemplo, a proteção da Fajã de João Dias como proposta de alteração em sede de Orçamento apresentada por si neste último ano, bem como a proteção da Fajã das Pontas, anteriormente pela mão de Jorge Paiva.
Recordou ainda o apoio, proposto pelo CDS e aprovado por unanimidade pela Assembleia Regional, com vista à produção e comercialização do café e do inhame nas fajãs de São Jorge. Perspetivando o futuro, a cabeça-de-lista pelo CDS de São Jorge às eleições legislativas regionais apontou “a desertificação do território como um grande problema e a fixação de jovens à nossa terra como um grande desafio”, enumerando dois fatores fundamentais a considerar: a saúde e as acessibilidades. “Os Jorgenses precisam de cuidados de saúde permanentes e melhores acessibilidades que permitam desenvolver a economia e melhorar a qualidade de vida dos habitantes.”, afirmou a candidata.
“Uma série de desafios que se avizinham”, declarou Catarina Cabeceiras, “e para os enfrentar, estarei sempre ao lado de São Jorge: foi esse o meu compromisso há quatro anos e é esse o meu compromisso hoje”.
O mandatário da candidatura, Luís Silveira, teceu elogios ao trabalho desenvolvido por Catarina Cabeceiras e Jorge Paiva na última legislatura, “pelo grande número de iniciativas e pela proximidade que se teve com as pessoas na ilha de São Jorge e que é reconhecida pelas mesmas”, frisando que “uma oposição, desde que construtiva, pode alertar o Governo para aquilo que na gestão diária da coisa pública falha”.
Luís Silveira enalteceu a recandidatura de Catarina Cabeceiras por considerar que “é preciso que haja políticos que sejam credíveis pela forma aguerrida com que encaram as coisas e pela presença efetiva no dia-a-dia das pessoas que representam”, confidenciando que “as pessoas têm dito na rua que a eleição da Catarina está garantida, que a Catarina está eleita”. No entanto, quem quiser ver Catarina Cabeceiras novamente como deputada deve votar nela no dia 25 de outubro.
Num apelo contra a abstenção, Luís Silveira alertou que “os votos contam-se no dia das eleições, na urna, pelo que não há vitórias antes do tempo”.
CDS/PP/AÇORES/MM/RÁDIOILHÉU