A Secretária Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, Sofia Ribeiro, quer devolver a confiança e o tempo aos profissionais de Educação, através de alteração legislativa e do incentivo a um maior envolvimento da comunidade na escola.
A governante falava no “XIV Fórum da Criança e do Jovem – A mente sã na construção de futuros felizes”, desenvolvido esta quinta-feira pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Vila Franca do Campo, na EBS Armando Côrtes-Rodrigues.
Sofia Ribeiro mencionou que já está a rever o Regime Jurídico de Criação, Autonomia e Gestão das Unidades Orgânicas, onde propõe a mudança de nome da classe do Pessoal Não Docente.
“Temos trabalhado no sentido de garantir maior estabilidade do pessoal da ação educativa, a começar pela mudança do nome, que tem uma designação funcional por negação de uma outra classe profissional”, explicou.
A titular da pasta da Educação fez menção ainda ao “processo massivo” de colocação de docentes, que no ano letivo passado permitiu colocar 243 em quadro e a abertura, este ano, de 339 vagas.
“Este é um investimento significativo quando o número de alunos está a diminuir na região”, mencionou.
De acordo com a Secretária da Educação, já estão a ser desenvolvidos procedimentos para a “diminuição substancial da burocracia nas escolas”.
“Precisamos de mais tempo para fazer aquilo que realmente interessa com as crianças e jovens”, frisou Sofia Ribeiro.
Durante a intervenção, a governante garantiu que durante os próximos meses apresentará uma revisão do estatuto da carreira docente, “com a alteração dos horários dos educadores e dos professores do primeiro ciclo, com a alteração de tempos de serviço, de conteúdos funcionais e da formação dos professores e dos educadores”.
A Secretária Regional defendeu ainda a necessidade de uma “intervenção mais ativa da comunidade educativa”.
Para isso, “o Governo Regional lançou o programa ‘coaching’ educativo”, já apresentado na maioria das escolas da região, “numa primeira ação de apenas sensibilização”, que será acompanhada de uma fase de “construção de materiais, de plataformas, de dispositivos e de ações”.
O ‘coaching’ educativo é um programa para toda a comunidade educativa, “para a valorização do aluno, para contribuir positivamente para a sua autoimagem; para a valorização dos docentes, do pessoal da ação educativa e dos próprios encarregados de educação”.
“Só se tivermos uma escola feliz é que as nossas crianças vão passar a valorizá-la, com maior autoconfiança”, finalizou.
GRA/RÁDIOILHÉU