REGIÃO | Paulo do Nascimento Cabral destaca o papel da mulher na Defesa e construção da paz
O Eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral, associou-se às celebrações do Dia Internacional da Mulher, que estão a decorrer durante este mês de março, com o slogan “Acelerar Ação”, tendo o Parlamento Europeu, destacado o papel das mulheres na Defesa, Segurança e Construção da Paz. “O papel da mulher na Defesa, na Segurança e na Construção da Paz, áreas em que as desigualdades de género são ainda evidentes, não deve ser minimizado ou subestimado, especialmente no contexto geopolítico global em que vivemos, que coloca em risco os nossos valores democráticos, de um projeto de paz e respeito pela integridade territorial”, sublinhou o Eurodeputado.
Por indicação do Eurodeputado do PSD, a Tenente-Coronel do Exército, Diana Morais, primeira portuguesa a ser eleita e por unanimidade para o cargo de presidente do Comité para a Perspetiva de Género da NATO, e, atualmente, afeta ao Ministério da Defesa, foi convidada para participar no painel que a Comissão dos Direitos das Mulheres e da Igualdade dos Géneros do Parlamento Europeu promoveu no âmbito da Reunião Interparlamentar sobre «Reforço da agenda relativa às mulheres, à paz e à segurança – Promoção dos direitos das mulheres em matéria de defesa, segurança e construção da paz», dando testemunho da sua ação e experiência nas forças armadas e no governo português. Para Paulo do Nascimento Cabral, “Portugal é exemplo na realização de ações na integração da perspetiva de género na Defesa Nacional, nomeadamente com as medidas do Plano Setorial da Defesa Nacional para a Igualdade 2022-2025, desenvolvido sob o mote «colocar as pessoas em primeiro», e que assume a igualdade de género e a não discriminação como imperativos estratégicos”.
O Eurodeputado realçou que a importância de garantir a igualdade de género na Defesa e Segurança está nos valores, mas é também um pilar estratégico. “Isto é sobre democracia, justiça social, mas também é sobre estratégia”, afirmou, dando como exemplo “os estudos que indicam que, quando as mulheres estão envolvidas na mediação de conflitos, a probabilidade de uma paz duradoura aumenta mais de 30%”.
Atualmente, em Portugal, na UE e na NATO, as mulheres representam menos de 15% das forças armadas. Segundo dados de 2023, na União Europeia, em média, três em cada quatro Ministros da Defesa são homens, e apenas 1 em cada 5 executivos seniores das agências da UE que lidam com a segurança são mulheres. Para Paulo do Nascimento Cabral, “temos de aumentar estes números e ter mais mulheres nas forças armadas e nas mesas de decisão, mas o desafio vai muito além disto, o desafio é, sim, eliminar quaisquer barreiras, mesmo que invisíveis, à entrada e progressão das mulheres, também nesta área, resultantes de estereótipos e preconceitos, garantir um ambiente propício à integração plena das mulheres na defesa e ter em consideração a mais-valia de envolvermos todos, homens e mulheres nesta nobre missão da defesa do nosso país, da União Europeia e participação na NATO”.
Lembrando que este ano celebramos o 25.º aniversário da resolução histórica das Nações Unidas sobre Mulheres, Paz e Segurança (WPS), Paulo do Nascimento Cabral afirmou que “ainda ouvimos demasiadas notícias a dizer: “Mulher ocupa pela primeira vez determinado cargo ou função. Isto tem de deixar de acontecer, no sentido em que o facto de uma mulher ascender a um cargo ou função tem de ser algo normal”.
A concluir, Paulo do Nascimento Cabral congratulou e saudou todas as mulheres que, “mesmo contra as barreiras, muitas delas invisíveis, escolhem servir na segurança e defesa, defendendo valores que nos unem na União Europeia: paz, democracia e solidariedade, cada vez mais em risco nos tempos que correm”.
PE/RÁDIOILHÉU
