REGIÃO | Mariana Mortágua destaca o importante papel do Bloco nos Açores no combate aos negócios rentistas dos governo do PS e do PSD

“Rejeitamos que a política e os negócios sejam duas faces da mesma moeda. Esse é o regime de sempre do centrão, do PS e da direita, no país como nos Açores”, disse Mariana Mortágua, ontem, no encerramento da VIII Convenção Regional do Bloco Açores, lembrando o importante papel que o Bloco tem tido no combate aos negócios rentistas nos Açores.

A coordenadora nacional do Bloco salientou que o partido sempre foi a voz da transparência, da defesa do interesse público, da exigência democrática e do combate à corrupção, e que denunciou, ao longo dos anos, os negócios entre governos do PS e do PSD aqui na Região, e deu dois exemplos concretos: os negócios entre a Região e a EDA que beneficiam o Grupo Bensaude e os negócios da empresa do subsecretário regional da Presidência que passou a viver de contratos com o governo que somam meio milhão de euros.

Mariana Mortágua disse não esquecer “a catadupa de nomeações” do governo da coligação de direita que “já bateu todos os records dos governos de César e Cordeiro, nem aquele gabinete para combater a corrupção que não vê nada, não sabe de nada, não faz nada, nem o mínimo, que é seguir as denúncias do Bloco Açores”.

Sobre estes negócios, António Lima garante que o Bloco quer “acabar com a pouca-vergonha que é o maior acionista privado da EDA ser o seu maior fornecedor, garantindo rentabilidades obscenas, 1400% acima da média do setor à custa de subsídios públicos”.

“Já denunciamos e deitamos abaixo o vergonhoso contrato do fuelóleo da região e da EDA com a Bencom, cá estamos para continuar a defender o interesse dos Açores dos grupos rentistas que vivem à custa da região”, disse o coordenador do Bloco eleito hoje para um mandato.

António Lima lembra que o Bloco também já apresentou no parlamento uma proposta “para que a administração pública regional deixe de ser totalmente partidarizada” e para acabar com a “colocação de boys dos partidos do governo em quase tudo o que é cargo dirigente”.

BE/AÇORES/RÁDIOILHÉU