REGIÃO | Hospital Modular é “uma oportunidade” para as obras que o HDES precisa desde 2013

O deputado do PSD/Açores Paulo Simões afirmou hoje que a audição ao responsável pelo Serviço de Instalações e Equipamentos do Hospital Divino Espírito Santo (HDES) “revelou que a construção do Hospital Modular é uma oportunidade para se realizarem as obras que a unidade hospitalar precisa desde 2013”.

O parlamentar social-democrata falava no final da audição em sede de Comissão Parlamentar de Inquérito ao Incêndio no HDES.

Segundo Paulo Simões, “durante a audição ao engenheiro responsável pelos Serviços de Instalações e Equipamentos, ficou claro que não foi realizada a manutenção adequada ao edifício ao longo dos anos”.

Acresce o facto de que, em 2013, “foram identificadas fragilidades estruturais e técnicas através de uma auditoria realizada pela Proteção Civil, a qual foi devidamente reportada, mas que não teve resposta nem atuação por parte da governação socialista”, vincou.

Aliás, como o próprio responsável adiantou, “há vários anos que a central de deteção de incêndios apresentava problemas, devidamente reportados em 2014, sem que houvesse uma ação concreta de a substituir”, salvaguardou Paulo Simões.

Além disso, “o engenheiro reconheceu que, caso a central estivesse funcional, as consequências do incêndio teriam sido menores”, constatou.

Ficou esclarecido também que “a empresa MBW, responsável pela construção do Hospital Modular, já era conhecida pelos serviços do HDES desde 2021, tendo sido contactada previamente pelo próprio engenheiro durante a pandemia”.

A seu ver, “tal demonstra que havia conhecimento e contacto prévio com essa empresa e que remonta a uma altura ainda das administrações do Partido Socialista, ao contrário do que pretende fazer passar”.

Quanto ao relatório técnico elaborado pelos Serviços de Instalações e Equipamentos, o técnico explicou “tratar-se de um documento dinâmico, ficando evidente que não foram tidas em conta etapas fundamentais, nomeadamente a validação clínica e a realização de testes operacionais após as obras”.

Contudo, prosseguiu o deputado do PSD/Açores, “estes elementos não foram incorporados nas estimativas de prazo, comprometendo a fiabilidade dos calendários apresentados para a reabertura do HDES”.

De acordo com Paulo Simões, o responsável pelo Serviço de Instalações e Equipamentos referiu que “os 11 milhões de euros estimados para a recuperação total incluíam intervenções que excederiam o prazo indicado para a reabertura dos serviços em agosto”.

Mais concretamente, “sabendo-se da necessidade de realizar obras profundas, colocar o hospital em funcionamento às mesmas condições de 3 de maio, estava longe do ideal e seria imprudente”.

PSD/AÇORES/RÁDIOILHÉU