O Governo dos Açores pretende alargar a certificação da pescaria de tunídeos com salto e vara que se pratica na região ao selo azul do MSC (‘Marine Stewardship Council’).
“Caso os resultados preliminares das auditorias a efetuar indiquem essa possibilidade, no caso das espécies bonito, voador e patudo, esta pretensão possibilitará a abertura de novos mercados, cada vez mais exigentes. Daí avançarmos para um pedido de pré-avaliação do padrão de pesca de salto e vara por forma a no final conseguirmos obter o selo azul e assim valorizarmos os produtos desta pescaria promovendo uma discriminação positiva da mesma” frisou Manuel São João, Secretário Regional do Mar e das Pescas, num encontro que manteve com os diversos representantes do setor.
O ‘Marine Stewardship Council’ é responsável pela atribuição do selo azul do MSC, mundialmente reconhecido para os produtos do mar provenientes de uma pesca sustentável. Esta é uma certificação cuja adesão é voluntária e que resulta de uma avaliação levada a cabo por entidades certificadoras independentes.
“A certificação MSC, cujos custos serão suportados integralmente pelo Governo dos Açores, constitui na nossa ótica, um avanço considerável na gestão das nossas pescarias por diferenciador”, acrescentou Manuel São João, recordando que “a Secretaria Regional do Mar e das Pescas tem vindo a investir em estruturas e medidas que, por um lado, permitam monitorizar a pescaria e, por outro, possibilitem uma gestão localizada, valorizando a atividade e os recursos que a mesma explora”.
A pescaria de salto e vara nos Açores é já reconhecida como altamente seletiva, com impacto praticamente nulo no meio onde se pratica, facto que levou à atribuição dos certificados ecológicos ‘Dolphin Safe’ e ‘Friend of the Sea’.
No cumprimento do programa do XIII Governo dos Açores e no âmbito daquela que é a estratégia para a fileira da pesca, em particular da valorização dos seus produtos, a Secretaria Regional do Mar e das Pescas tem vindo a tomar medidas e a desenvolver iniciativas entendidas como essenciais para enfrentar os desafios presentes e futuros da sustentabilidade nas suas vertentes ambiental, económica e social.
Tais ações constituem também um impulso para o sector beneficiar das oportunidades emergentes apresentadas pela dinâmica dos mercados internacionais para os produtos da pesca e aquicultura.
GRA/RÁDIOILHÉU