O Grupo Parlamentar do PS/Açores criticou os cortes anunciados pelo Governo Regional para a área da Cultura em 2023, considerando que constituem um “retrocesso”.
Um corte que se aproxima dos 30% e que simplesmente elimina apoios em algumas áreas como os apoios às artes contemporâneas, as artes audiovisuais e múltiplas ações culturais.
A deputada socialista Marta Matos considera que estes avultados cortes são “inadmissíveis”, porque o acesso à Cultura “não é algo supérfluo, complementar, é essencial para uma vivência plena”, realçando que “sem artistas e sem projetos culturais, a Cultura não existe”.
Marta Matos destacou e aplaudiu a posição pública do Movimento Cívico por uma Capital Europeia da Cultura nos Açores, que rejeita estes “cortes insensíveis e insensatos” no setor, apelando ao Governo Regional que “reconsidere”.
Quem governa deve ter uma “sensibilidade real e não apenas de palavras”, porque “de nada serve dizer que se é muito sensível e dialogante e depois cortar onde mais importa, que é no financiamento que ajuda a concretizar a Cultura nos Açores”.
Marta Matos não compreende como é que “precisamente no ano em que se está a candidatar Ponta Delgada a Capital Europeia da Cultura”, se pode dar “um sinal tão contrário aquilo que se pretende trazer para a Região”.
“Naturalmente, um Governo que não investe em Cultura está a enviar um sinal muito contrário às entidades nacionais e europeias, prejudicando Ponta Delgada em detrimento das outras cidades concorrentes, designadamente, Aveiro, Braga e Évora”, realçou a parlamentar.
“Porque saímos de uma pandemia, porque estamos numa crise inflacionista, porque queremos trazer a Capital Europeia da Cultura para a Região, o Governo não deveria cortar nos investimentos na Cultura, devia até reforçá-los. Tudo isso somado aos cortes nos apoios sociais e na globalidade dos investimentos faze que esta anteproposta de Plano de Investimentos do Governo não seja a resposta que os Açorianos precisam”, defendeu a Deputada do GPPS, Marta Matos.
GPPS/AÇORES/RÁDIOILHÉU