REGIÃO | “Corte definitivo de verbas para as Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores é inaceitável”, alerta Berto Messias
O Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista dos Açores considerou hoje “inaceitável o corte anunciado pelo Ministério do Trabalho, Segurança Social e Solidariedade, que se recusa, pela primeira vez, a atualizar os valores a transferir para a maioria das respostas sociais nos Açores, estando neste momento em falta cerca de 3,7 milhões de euros”.
Reagindo à notícia de hoje do jornal Açoriano Oriental, onde o Ministério afirma que não tem valores em divida á Região, Berto Messias refere que “estamos em presença de uma postura grave que desrespeita a Região e que demonstra total insensibilidade para as nossas especificidades”.
Berto Messias refere ainda que, “esta notícia tem ainda mais relevância quando recentemente o Presidente do Governo Regional esteve num Conselho de Ministros para debater várias questões relacionadas com os Açores. Não falou deste assunto? Não afirmou perante o Primeiro-Ministro e a Ministra da Segurança Social e da Solidariedade a importância destas atualizações?” questiona o líder parlamentar.
“Das duas uma, ou o Primeiro-Ministro e a Ministra não respeitam os Açores e as suas IPSS ou o Presidente do Governo Regional não falou neste tema ou, se falou, não soube defender os nossos interesses”, refere Berto Messias.
O dirigente socialista refere ainda que “mais grave ainda que esta decisão unilateral de não atualizar os valores, que põem em causa os subsídios de Natal para os funcionários das IPSS, é o facto de sabermos que está a decorrer um estudo de um grupo de trabalho para avaliar o custo médio das respostas sociais, o que pelos vistos motivou estes cortes, e o Governo Regional não é tido nem achado nesse âmbito”.
“Há aqui uma clara falta de respeito com os Açores e com as suas instituições e uma falta de capacidade do Presidente do Governo Regional e do Governo de defender os nossos interesses”, refere Messias.
O líder parlamentar recorda que “estamos a falar de cerca de 7 mil trabalhadores, de largas dezenas de respostas sociais e de milhares de utentes, da infância à terceira idade, que beneficiam de serviços prestados pelas IPSS de grande relevância. Tudo isso é posto em causa, quer pela falta de atualização dos valores, quer pelo princípio que está na base da visão da Ministra sobre este assunto”.
“O Partido Socialista vai continuar a trabalhar e a pressionar sobre este tema. Recordo que ontem o Líder do PS Açores, Francisco César, anunciou que chamou à Assembleia da República a Sra. Ministra e Sra. Secretária de Estado para prestar esclarecimentos sobre este assunto, bem como os Presidentes da União Regional de Misericórdias dos Açores e da União Regional de Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores”, referiu Berto Messias.
“Tendo em conta estes cortes e esta visão do Governo da República, sem que o Governo Regional se dê ao respeito, precisamos de uma frente unida açoriana que bloqueie esta vontade de menorizar as IPSS dos Açores”, referiu o Presidente do Grupo Parlamentar do PS Açores.
GPPS/AÇORES/RÁDIOILHÉU
