No último dia da visita oficial a Santa Maria, o deputado CHEGA visitou, ontem de manhã, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria, onde esteve reunido com a Direcção. José Pacheco voltou a frisar a importância de se acarinhar os soldados da paz, dando-lhes as ferramentas necessárias para desenvolverem o seu trabalho junto da sociedade.
Para o deputado, já é altura dos bombeiros deixarem de andar de mão estendida e serem apoiados de uma forma mais digna.
A falta de recursos humanos e melhores remunerações para o efectivo, foram algumas das preocupações manifestadas pelo presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria a José Pacheco que revelou o carinho que sente pelos soldados da paz. Contudo, alertou o deputado, “só isso não serve, é preciso lutar por estes homens e mulheres que, muitas vezes, estão a trabalhar de forma precária”, disse.
Para José Pacheco é preciso criar mais incentivos para tornar a profissão de bombeiro mais aliciante e para cativar novos voluntários. No entender do parlamentar, devem ser dadas algumas benesses a quem pretende se juntar a uma corporação de bombeiros, seja na isenção de IMI ou no IRS. “Não podemos virar as costas aos bombeiros e ouvir relatos como o que se passou, o ano passado, em Santa Maria, que a associação, num serviço que presta ao Estado, teve um prejuízo de seis mil euros no transporte de doentes não urgentes. Ou seja, os bombeiros é que pagaram para prestar este serviço”, comentou, acrescentando que é fulcral rever o regime de financiamento das associações de bombeiros.
O parlamentar vai mais longe e defende que a actual taxa de audiovisual, que é paga junto com a factura da luz, e que vai para a televisão estatal, “seria muito melhor empregue se esta taxa fosse direccionada para as associações de bombeiros em cada município. É disto que precisamos: ideias novas e que ajudem as pessoas”, frisou José Pacheco
“Anda-se a brincar com o perigo”, disse José Pacheco que considera que o actual modelo de Protecção Civil deveria ser repensado, de forma a descentralizá-lo e a responsabilizar mais o Estado pelo socorro que é prestado às populações.