O deputado José Paulo Sousa disse hoje que os pescadores Açorianos “estão a ser vítimas do fanatismo ambiental e a ser empurrados para o servilismo dos tecnocratas da Europa e para a subsidiodependência”. O parlamentar, que falava a propósito do sector das pescas no debate do Plano e Orçamento para 2025, reforçou que o “inimigo” dos pescadores está agora “nos gabinetes, nos estudos falaciosos e num mar de gente que gravita à volta da pesca, mas que nada lhe acrescenta”.
Neste sentido, disse, os pescadores “sentem-se abandonados por este sistema de prioridades invertidas” em que os pescadores e empresas marítimo-turísticas “vivem na penúria”, com gruas e infra-estruturas “degradadas e desajustadas à actualidade”, desviando-se milhões da pesca “para estudos inúteis e para sustentar a Lotaçor”.
O parlamentar entende que projectos que podiam ajudar o sector, como a venda electrónica de pescado, nunca saíram da gaveta, já a extensão das áreas marinhas protegidas para até 30% do mar dos Açores – aprovada recentemente na Assembleia Regional – vem condicionar ainda mais a pesca, tal como o corte de 30% na quota de goraz que está a ser discutido em Bruxelas.
“Como a pesca serve de catalisador a outras actividades conexas, como o turismo, investir na pesca é investir no nosso turismo e na nossa gastronomia. Não podemos só apostar nas actividades contemplativas e desmantelar as actividades extrativas. Tem de haver um equilíbrio sério e consistente”, referiu o parlamentar.
José Paulo Sousa questionou ainda o Secretário Regional do Mar e das Pescas acerca da segunda fase do porto das Poças, nas Flores, que já foi afirmado em várias visitas do Governo à ilha das Flores, “porque continuam à espera do estudo de impacte ambiental?”. O mesmo referiu sobre o melhoramento e operacionalização do porto de Ponta Delgada, nas Flores, que “já vinha do passado e continuam sem cumprir”.
O parlamentar quis ainda saber quanto iria custar eliminar os rateios no pagamento do POSEI PESCAS.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU