
Na intervenção inicial do debate do Plano e Orçamento, que hoje começou na cidade da Horta, o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, referiu que há questões na Região cujas respostas só aparecem um ano depois, exactamente no debate do Plano e Orçamento.
José Pacheco assumiu que há um compromisso com o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) – “desenhado pelo PS e a tentar ser executado pela Coligação” – no entanto, esse investimento não pode ser “o fim do caminho”.
“Precisamos de saber o que vai acontecer aos Açores depois do PRR, que é dinheiro grátis que pouco ou nada soubemos gerir. Imagine-se o dinheiro dos contribuintes”, argumentou o parlamentar.
Nesse sentido, deixou algumas questões que precisam de respostas: por exemplo, ao nível da habitação, “que tipo de habitação queremos? Caminhamos para a habitação social ou para o arrendamento com opção de compra, que nunca chegou a ser apresentado nesta Assembleia?”.
Mas também na saúde são precisas respostas: “no Hospital do Divino Espírito Santo, depois do incêndio, onde está a reconversão do Hospital?”, questionando também quando vai ser implementado o cheque-saúde, apresentado pelo CHEGA e aprovado na Assembleia Regional, mas que nunca entrou em vigor.
José Pacheco lembrou ainda os gastos diários de dois milhões de euros na saúde, na educação e na segurança social, “será que esses gastos não seriam menores se houvesse mais fiscalização às baixas fraudulentas e ao assistencialismo do RSI?”. E continuou questionando “quando será feito o desmame das Cooperativas que vivem na sombra dos contribuintes?”.
Além destas questões que carecem de respostas, o Governo Regional tem-se vindo a sobrepor ao Governo da República, que até é da mesma cor política, mas que “enquanto os Açores forem resolvendo, a República não se preocupa em mandar o dinheiro”. Tem sido assim em relação à Lei de Finanças Regionais, aos tribunais, às forças de segurança, à Universidade.
“Continuamos a ser cada vez mais pobres. Financeiramente os Açores estão cada vez mais pobres e cada vez mais dependentes”, concluiu José Pacheco.
CHEGA/AÇORES/RÁDIOILHÉU






